O saldo de presos beneficiados com a primeira saída temporária do ano e que não retornaram para os presídios é de 125 na região. Dos 4.092 que deixaram as unidades prisionais de Campinas, Hortolândia, Sumaré, Piracicaba e Limeira, 3,05% não voltou e a partir de agora são considerados como foragidos da Justiça, perdendo o direito à ‘saidinha’.

Um total de quase 30 mil presos tiveram o direito ao benefício no Estado (4.092 na região), entre os dias 11 e 17 de março, dos quais 1.058 não voltaram – segundo balanço da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária). Foi a primeira saída temporária dos beneficiados pelo regime semiaberto no ano e se repetirá em junho (17 a 23), setembro (16 a 22) e dezembro (23 a 3 de janeiro).

Na última saída temporária, durante o Natal e o Ano Novo, 31.838 detentos foram beneficiados no Estado e 1.292 não retornaram, um índice superior a 4%. Entre 2019 e 2023, a taxa média de descumprimento foi de 4,5%, segundo a SAP. Entre os presos que receberam o benefício na saída mais recente está Lindemberg Alves Fernandes, condenado a 39 anos pelo assassinato da ex-namorada Eloá Pimentel em 2008. Recentemente, a Justiça paulista reduziu sua pena em mais de 100 dias pelo trabalho na Penitenciária de Tremembé II.

Desde a introdução do benefício, mais de 200 mil presos não retornaram

boa parte dos quais cometeram novos crimes. Críticos argumentam que a política de saída temporária é um fracasso, pela reincidência criminal e insegurança gerada na sociedade. Por outro lado, existem aqueles que defendem o benefício como parte do esforço para a ressocialização dos presos, uma forma de proporcionar a manutenção do vínculo dos sentenciados com seus familiares para o momento do retorno à sociedade após o cumprimento da pena.