A maioria das pessoas assume que as moedas digitais têm um futuro na nossa economia, tal como ocorre nos Estados Unidos e outros países onde estas moedas são mais usadas. Por isso, os empreendedores acabam por usar as moedas digitais para alavancarem sua posição econômica junto da sua riqueza, quebrando a noção de inflação e protegendo o seu patrimônio digital.
O fato de moedas como a Bitcoin, que é a mais conhecida, ter se valorizado ao longo dos anos faz com que as moedas digitais sejam cada vez mais cobiçadas. Por exemplo, se você tiver um bitcoin comprado em 2015, ele hoje irá valer muito mais do que o real no mesmo período. Por isso, a compra de moedas digitais tem sido interessante do ponto de vista do dinheiro, mas também do ponto de vista do enriquecimento pessoal e conhecimento deste setor digital.
Mas, o que você pode fazer com moedas digitais para ganhar esse conhecimento e combater a perda de dinheiro? Vamos deixar algumas sugestões que empreendedores, tal como você, já estão fazendo.
Pagamentos com moedas digitais
Para evitar pagamentos que envolvam taxas dos bancos, ou algum bloqueio internacional ou mesmo atraso nos pagamentos, as moedas digitais como a Cardano podem ser usadas para pagar bens ou serviços em todo o mundo. Existem cada vez mais sites que aceitam pagamentos por carteiras digitais, com vários tipos de moedas com várias opções.
Do mesmo jeito, podem receber pagamentos de clientes internacionais em segundos, evitando a desvalorização do real e recebendo seu pagamento em moeda digital, que terá sempre o seu valor que pode ser verificado por você a cada minuto. Pode depois trocar essas moedas por dinheiro ou mantê-las na sua carteira digital.
Além disso, empreendedores que atuam no setor de e-commerce estão integrando criptomoedas como forma de pagamento em suas lojas virtuais, não apenas para facilitar transações, mas também para atrair um novo perfil de consumidor. Clientes mais jovens, especialmente da geração Z, tendem a preferir meios de pagamento digitais e descentralizados, o que gera uma vantagem competitiva para quem se adapta a essa demanda.
As “stablecoins” para proteção da inflação
Em zonas onde a inflação pode se tornar elevada, comprar “stablecoins” ou moedas estáveis como o USDT, pode ajudar a manter o valor do caixa estabilizado, mantendo também a proteção de uma eventual desvalorização. Países na África ou na America Latina podem muitas vezes sofrer com essa inflação, e os empreendedores dessas regiões (e outras) sabem dessa volatilidade.
No Brasil, essa lógica tem sido aplicada por pequenos e médios empresários que buscam proteção para seus fluxos de caixa. Estocar parte da reserva financeira em stablecoins como USDT ou USDC tem se mostrado uma estratégia eficaz contra a perda de poder de compra do real, especialmente em momentos de instabilidade econômica. Com isso, empreendedores conseguem planejar melhor seus custos e evitar perdas financeiras imprevistas.
Tokens comunitários
Outra das vertentes das moedas digitais no mundo do empreendedor brasileiro é a possibilidade de ter tokens comunitários em suas comunidades. Ou seja, algo parecido ao Banco Maré, que criou a moeda digital “Palafita” para facilitar transações dentro da comunidade e promover inclusão financeira.
Esses tokens podem ser criados por você, para a sua comunidade, tendo até vários níveis para incentivar a participação de todos.
Iniciativas semelhantes já estão sendo testadas em outras partes do Brasil, como em zonas rurais e bairros periféricos, com tokens que funcionam como incentivos para o consumo local e fidelização de clientes. A ideia é que os comerciantes locais se beneficiem de um ecossistema próprio de circulação de valor, fortalecendo os laços entre empreendedores e consumidores da mesma região.
Além do aspecto econômico, os tokens comunitários também têm impacto social, pois estimulam a educação financeira, o uso da tecnologia e a autonomia dos pequenos negócios.
Rentabilização de produtos e verificação de identidade
Ao usar a blockchain para rastrear produtos e conferir a sua autenticidade, estamos usando os recursos de moedas digitais para conferir autoridade e autenticidade. Por outro lado, também para a criação de marketplaces alternativos e descentralizados, as moedas digitais podem ser usadas para comprar e também para vender produtos.
Através da blockchain pode ainda verificar a identidade de um usuário ao criar um ID único, ou token, para si. Assim todos vão saber que aquele ID ou token é seu, e que é você que está transacionando dentro da rede.
Empresas de moda e joalheria, por exemplo, já estão aplicando blockchain para autenticar a origem de suas peças, garantindo ao consumidor que o produto adquirido não é falsificado e que segue práticas éticas de produção. Essa transparência agrega valor à marca e pode ser um diferencial competitivo para quem vende produtos premium.
Outra aplicação relevante é no setor de alimentos e bebidas, em que produtores de café, vinho ou chocolates finos utilizam tokens para registrar a origem, processo produtivo e rotas de distribuição de seus produtos. Isso cria um histórico rastreável, promovendo confiança e estimulando o consumo consciente.