Em uma enquete realizada com seus leitores, o Novo Momento constatou com a esmagadora maioria das pessoas não gosta da ideia do Governo do Estado de instalar pedágios em três pontos da Rodovia Luiz de Queiroz (SP-304): no quilômetro 122, em Americana; km 144, em Santa Bárbara, e km 154, em Piracicaba, em ambos os sentidos. De 212 votantes, 198 (93%) são “totalmente contra”. Já 6 (3%) são totalmente a favor, 5 (2,5%) “parcialmente contra” e 3 (1,5%) parcialmente a favor.
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A Secretaria de Parcerias e Investimentos do Estado planeja a concessão de rodovias estaduais da chamada Rota Mogiana, que inclui a Rodovia Luiz de Queiroz. A cobrança seria feita no formato Sistema Automático Livre, o chamado free flow, um modelo de cobrança de pedágio eletrônico sem barreiras e por meio de tags nos veículos.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) alega que o investimento é um “avanço na modernização da infraestrutura rodoviária”. O lote da Rota Mogiana inclui 385 km de rodovias em 19 municípios do Estado, cuja concessão é pelo prazo de 30 anos. Segundo o governo, o projeto prevê investimento de R$ 6 bilhões em duplicações, faixas adicionais, acostamentos e passarelas.
Impacto além da enquete
Com a implantação dos pedágios, cuja cobrança deve girar em torno de R$ 3, o trajeto diário de milhares de pessoas pela SP-304 ficará mais caro. A rodovia é tida atualmente como uma avenida que corta os territórios urbanos de Americana e Santa Bárbara d’Oeste, assim como facilita a vida para Nova Odessa através da região da chamada Fazenda Velha. Apenas entre Americana e SBO são 27 quilômetros de pista dupla, nos dois sentidos.
A mobilidade pela Rodovia Luiz de Queiroz, além do acesso para a Rodovia Anhanguera (SP-330) e a ligação para Piracicaba ou para a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), serve para muitos motoristas que residem nas cidades da região como uma forma de escapar do trânsito de bairros. Com mais agilidade e segurança, muitos trabalhadores e estudantes se locomovem diariamente.
Caso se concretizem os pedágios, especialistas afirmam que pelo menos sete ruas, avenidas e outras rodovias de Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Piracicaba, Nova Odessa e Sumaré poderão ser impactadas, entre elas a Cillos e a Iacanga, em Americana, que já sofrem com congestionamentos por conta do alto fluxo de carros nos horários de pico.
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