Golpe da Vacina volta a circular e faz vítimas com chamadas telefônicas falsas

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Durante a pandemia da Covid-19, muitos brasileiros foram alvo de golpes que usavam a vacinação como isca. Agora, esse tipo de fraude está voltando com força. O chamado Golpe da Vacina tem acontecido por meio de ligações telefônicas feitas a partir de números desconhecidos. Durante a chamada, uma gravação orienta a pessoa a pressionar determinada tecla caso já tenha sido vacinada. A partir desse momento, o telefone pode ser bloqueado e, em poucos minutos, criminosos invadem aplicativos bancários da vítima e realizam transferências via Pix.

Segundo o advogado Francisco Gomes Junior, especialista em crimes digitais e presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP), se trata de um golpe que utiliza engenharia social para induzir o usuário ao erro. “Ao pressionar uma tecla durante uma ligação automatizada, o cidadão pode, sem saber, ativar permissões de acesso remoto ou instalar malwares que permitem o controle do celular por hackers. Com isso, os criminosos conseguem invadir aplicativos bancários e realizar transferências em nome da vítima”, explica.

O especialista alerta que esse tipo de abordagem costuma parecer oficial e urgente, o que leva muitas pessoas a agir de forma automática. “O golpe da vacina explora a boa-fé da população e temas sensíveis como saúde pública. É fundamental desconfiar de qualquer ligação que solicite ações no teclado, envio de dados pessoais ou bancários”, enfatiza.

Como se proteger:

  • Não pressione números ou teclas em ligações suspeitas;
  • Evite fornecer informações pessoais por telefone;
  • Instale antivírus confiável no celular;
  • Ative a autenticação nos aplicativos bancários;
  • Desconfie de números desconhecidos, mesmo que pareçam de operadoras ou órgãos públicos;
  • Em caso de tentativa de golpe, registre boletim de ocorrência e informe o banco imediatamente.

A ADDP reforça a importância de campanhas de conscientização sobre crimes digitais e orienta que familiares e grupos de mensagens sejam informados para evitar novas vítimas. “Compartilhar esse tipo de alerta é uma forma de proteção coletiva”, finaliza Gomes Junior.

 

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