O número de reclamações de golpes contra Microempreendedores Individuais (MEIs) cresceu 400% em um ano, segundo levantamento da MaisMei. Os principais golpes são a “taxa associativa”, boletos falsos e sites fraudulentos que simulam o Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (PGMEI).
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Kelvia Carneiro, diretora da instituição financeira Cactvs, alerta: “É fundamental que os MEIs estejam atentos a esses golpes e tomem medidas de segurança para proteger seus negócios. A prevenção é a melhor forma de evitar prejuízos financeiros e dores de cabeça.”
Golpe da “taxa associativa”
Nesse golpe, o MEI recebe um boleto ou link por e-mail com uma cobrança de uma suposta taxa obrigatória para validar a abertura do CNPJ. A vítima paga a taxa, mas não recebe nenhum serviço em troca e ainda pode ter seus dados utilizados para outras fraudes.
Boletos falsos
Os golpistas também enviam boletos falsos para o MEI, geralmente com valores próximos aos da DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional). O MEI paga o boleto achando que está regularizando sua situação, mas o dinheiro vai para a conta dos criminosos.
Sites falsos
Existem sites falsos que simulam o PGMEI e induzem o MEI a gerar um boleto falso ou a fornecer seus dados pessoais e bancários. Esses dados podem ser utilizados para outras fraudes, como a abertura de contas em nome do MEI ou a solicitação de empréstimos.
Como se proteger
A Receita Federal e outras entidades têm alertado para o crescimento desses golpes e têm dado dicas de como se proteger:
- Desconfie de boletos e links: A Receita Federal não envia boletos por e-mail ou WhatsApp. O pagamento da DAS deve ser feito apenas pelo site oficial da Receita ou por meio de aplicativos bancários.
- Verifique a autenticidade do boleto: Antes de pagar qualquer boleto, verifique se o código de barras começa com o número 8.
- Não forneça seus dados pessoais e bancários: A Receita Federal não solicita dados pessoais e bancários por e-mail ou telefone.
- Denuncie os golpes: Se você for vítima de um golpe, denuncie às autoridades competentes.
“É importante sempre buscar agentes de confiança que orientem de forma segura o MEI, buscando canais oficiais ou instituições que prestem serviços especializados para garantir a maior segurança do empreendedor”, explica Kelvia.
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