Em vídeo veiculado nas redes sociais, o prefeito de Nova Odessa, Cláudio Schooder-Leitinho (PSD), responsabiliza o antecessor – Benjamim Bill (PL) – pela situação financeira ruim em que se encontra o atual governo. O chefe do Executivo fez um alerta de um novo precatório de R$ 5,7 milhões que, segundo ele, pode comprometer os serviços essenciais. Leitinho fala até mesmo em possível ‘sequestro de recursos dos cofres públicos’.
Desde o começo da gestão, em 2021, Leitinho e Bill travam uma guerra de narrativas. “Atenção, população de Nova Odessa: mais um precatório que você terá que pagar. Vai faltar remédio, médicos, não vamos pagar as terceirizadas e outros insumos que precisamos, como UTI, porque desapropriaram uma área que não vai a lugar nenhum e só beneficiava o empresário. Assinaram e agora temos que pagar”, declarou Leitinho. O valor de R$ 5,7 milhões também engloba uma desapropriação de uma área próxima à Câmara Municipal, realizada na gestão passada.
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Leitinho criticou duramente a situação, afirmando que a medida beneficiava apenas um empresário e agora recai sobre os cofres públicos, prejudicando diretamente os moradores da cidade. O prefeito destacou que sua administração já quitou mais de R$ 40 milhões em dívidas herdadas da gestão anterior e que, ao contrário do que foi dito por Bill, os recursos deixados em caixa (R$ 34 milhões)estavam destinados para obras específicas. “Ele fala que deixou dinheiro no caixa, deixou, mas esse dinheiro era para as obras que já estavam pré-destinadas. No caixa mesmo só deixou dívidas”, afirmou.
Devido ao novo precatório, Leitinho alertou que o município corre o risco de
sofrer um sequestro de recursos dos cofres públicos, o que poderia agravar a situação financeira da Prefeitura e afetar diretamente a prestação de serviços essenciais. “Se cair esses milhões de precatórios, nós não temos dinheiro para pagar. Corremos o risco de sequestrar o dinheiro dos cofres públicos e você, cidadão, é o maior prejudicado nessa maldade que fizeram”, acrescenta. O prefeito diz que busca alternativas para minimizar os impactos financeiros, mas a preocupação com cortes em áreas fundamentais, como saúde e infraestrutura, cresce. E reiterou vai responsabilizar a gestão anterior pelos prejuízos acumulados.
Por sua vez, Bill tem respondido que seu governo deixou R$ 34 milhões em caixa, em dezembro de 2020. E que nunca, entre 2013 e 2020, fez qualquer empréstimo. “Foram 8 anos trabalhando com seriedade e transparência, com pessoas de Nova Odessa ao meu lado, o que levou a aprovação de 8 contas – seja pelo Tribunal de Contas, seja pela Câmara de Vereadores (onde o Leitinho esteve esse tempo todo)”, rebateu. “Claro que os desmandos cometidos a partir de 2021 cobrariam um preço e a conta chegou: serviços públicos sendo afetados e a população sendo prejudicada”, finalizou.
Mineirinho no Progressistas
Nesta segunda-feira (17) o vice-prefeito Alessandro Mineirinho foi a São Paulo junto dos secretários-adjuntos Cabo Natal (Segurança) e Ricardo Eugênio (Educação), além do assessor Vagner Santos. Em Story publicado no Instagram, Mineirinho afirmou que estava indo “em busca de recursos para o município”. A agenda era com o deputado federal Maurício Neves, presidente estadual e vice-presidente nacional do Partido Progressistas (PP).
Em seguida, Neves divulgou o abono de filiação de Mineirinho no partido, que se autodenomina como de ‘centro-direita’. “Bem vindo ao seu último partido”, destacou Neves. Mineirinho agradeceu Natal por agendar com Maurício Neves e, com isso, deixa o partido PSD do prefeito Leitinho. A expectativa é que o vice-prefeito seja testado nas urnas para deputado em 2026, também como uma forma de aquecer para o pleito municipal de 2028.
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