Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e autor de transações financeiras atípicas, tem uma doença grave e será obrigado a passar por uma cirurgia em caráter de urgência, segundo relatou nesta quinta-feira (27) o Ministério Público do Rio de Janeiro. O ex-funcionário é investigado pelo órgão devido a saques e depósitos que somam R$ 1,2 milhão no período de um ano.
Em entrevista ao SBT, na quarta (26), Queiroz falou pela primeira vez desde que o caso veio à tona em 6 de dezembro. Ele se disse um “cara de negócios e que o montante vem da venda de carros. Segundo o Ministério Público, os advogados do ex-assessor apresentaram “atestados que comprovam grave enfermidade do investigado”, o que o levará a passar por procedimento cirúrgico emergencial.
Queiroz faltou a duas convocações para depor feitas pelo MP, alegando problemas de saúde. Na entrevista ao SBT, o ex-funcionário de Flávio Bolsonaro afirmou ter um câncer no intestino. Reafirmou interesse, no entanto, de prestar esclarecimentos. Entre as diligências esperadas está o possível depoimento de Flávio Bolsonaro, sugerido para o dia 10 de janeiro. O senador eleito ainda não confirmou se comparecerá ou não.
Além de ser policial militar no Rio, ele trabalhava como chefe da segurança do então deputado estadual Flávio Bolsonaro e era lotado em seu gabinete como assessor parlamentar no mesmo período em que alega ter sido um “cara de negócios”. A comunicação do Coaf não significa que haja alguma irregularidade na transação, mas mostra que os valores movimentados, ou o tipo de transação envolvida, não seguiram o padrão esperado para aquele tipo de cliente.