A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste, por meio da Secretaria de Saúde, segue com ações intensificadas de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Entre as diversas frentes de atuação desenvolvidas ao longo de 2025, destacam-se as visitas domiciliares realizadas pelos agentes do Setor de Combate de Vetores do Departamento de Vigilância em Zoonoses (DVZ), que têm como objetivo principal a identificação e eliminação de criadouros do vetor.

No período de janeiro a maio de 2025, foram abordados 59.180 imóveis exclusivamente nesta atividade de visita domiciliar. Deste total, 25.852 imóveis foram completamente vistoriados. Outros 1.131 tiveram vistoria parcial, com orientação aos moradores. No entanto, 28.084 imóveis estavam fechados no momento da abordagem, 2.177 encontravam-se desocupados (em processo de locação, venda ou abandono) e 1.936 recusaram a entrada da equipe. Esses números evidenciam os desafios enfrentados para alcançar uma cobertura ideal nesta estratégia de controle.

Nos casos em que imóveis fechados apresentam evidência de possíveis criadouros, os agentes deixam um relatório solicitando providências aos responsáveis. Após novo retorno ao local, se constatada a permanência do problema, a situação é encaminhada à Fiscalização de Obras e Posturas para aplicação das sanções previstas na legislação municipal. Além disso, denúncias de munícipes sobre locais com suspeita de focos do mosquito também são apuradas, podendo resultar na eliminação dos criadouros ou no encaminhamento para providências legais.

As visitas domiciliares compõem um conjunto mais amplo de ações de combate ao vetor, que incluem também a nebulização com equipamento costal (UBV portátil) e veicular (UBV pesado), vistorias em pontos estratégicos e imóveis especiais, atendimento de solicitações, monitoramento entomológico com armadilhas e análise laboratorial, entre outras. Como forma de atingir criadouros presentes em imóveis não acessados, a Prefeitura realiza ainda a aplicação de biolarvicida com equipamento veicular em áreas urbanas e a instalação de Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL) em regiões críticas. Essas estações utilizam o próprio mosquito para dispersar o larvicida em criadouros ocultos ou de difícil acesso, ampliando o alcance das ações de controle.

A Prefeitura ressalta que o envolvimento da população é fator decisivo para a eficácia das medidas de controle do Aedes aegypti e que o enfrentamento à dengue é uma responsabilidade que deve ser compartilhada entre poder público e população. Receber o agente de saúde, permitir a vistoria do imóvel e seguir as orientações repassadas são atitudes simples, mas essenciais para proteger não apenas a própria residência, mas toda a comunidade.

Em relação à identificação, é importante ressaltar que a população deve estar atenta ao uniforme e crachá, pois esses elementos asseguram que o profissional é da equipe da Saúde. Caso os profissionais não estejam devidamente identificados ou se persistirem dúvidas, recomenda-se que a pessoa entre em contato no Departamento de Vigilância em Zoonoses pelo telefone (19) 3463.8099, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16 horas.

Orientações

A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste reforça que a participação da população é essencial e incentiva a receber os agentes de controle de endemias, que orientam sobre medidas simples e eficazes para evitar a proliferação do Aedes aegypti. Todas as ações são gratuitas e não há cobrança de taxas para nenhum serviço ou produto utilizado.

As orientações para a população são simples e podem salvar vidas:

– Utilizar tampas e telas para vedar baldes e tambores de armazenamento de água;

– Armazenar objetos em local coberto, ou descartar, de forma adequada, o material que não vai mais utilizar. O Município dispõe de Ecopontos e do serviço de coleta de resíduos regular;

– Limpar as calhas e caixas d’água;

– Não armazenar pneus e garrafas em local descoberto;

– Não deixar plantas na água, utilizando sempre vasos com terra;

– Verificar a drenagem dos vasos de planta, para que não acumulem água;

– Não utilizar pratinhos embaixo dos vasos;

– Evitar bromélias, em centros urbanos, pois elas também servem como criadouro de Aedes aegypti;

– Usar telas nas caixas d’água;

– Instalar telas mosquiteiras em janelas e portas;

– Limpar e fazer o tratamento adequado nas piscinas.

Em caso de sintomas como febre alta, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, manchas vermelhas na pele e dores no corpo, é fundamental procurar a unidade de saúde mais próxima e evitar a automedicação, pois alguns medicamentos podem agravar o quadro clínico.

Vale ressaltar que a pessoa também deve ficar atenta aos sinais de alarme para a dengue que incluem dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, queda abrupta na temperatura do corpo, sangramentos, agitação ou sonolência, choro persistente em crianças, tontura ou desmaio, pele fria e pálida, dificuldade de respirar e diminuição da quantidade de urina. Esses sintomas podem aparecer a partir do terceiro dia da doença e indicar agravamento do quadro. Neste caso, é primordial procurar o serviço de saúde imediatamente.