O Presente do Tarcísio para a RMC: Mais pedágios, mais exploração
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A Região Metropolitana de Campinas (RMC) é amplamente reconhecida como um polo de desenvolvimento econômico e científico no Brasil. Composta por municípios que abrigam importantes universidades e centros de pesquisa, como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a região desempenha um papel crucial na inovação e no progresso tecnológico do país. Além disso, a RMC é lar de importantes empresas do ramo têxtil, fundamentais para a economia local e nacional. Entretanto, a proposta de instalação de 37 novas praças de pedágio nas rodovias que atravessam a RMC tem gerado preocupações significativas entre autoridades locais e a população.
A implementação de 37 novas praças de pedágio na RMC pode acarretar um aumento significativo nos custos logísticos para empresas que operam na região. Esses custos adicionais tendem a ser repassados aos consumidores, elevando o custo de vida local. Além disso, pode prejudicar diretamente as cidades do polo têxtil da região, como Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa e Sumaré, que dependem do transporte constante de matéria-prima e produtos acabados para abastecer fábricas, lojas e mercados nacionais e internacionais. Com mais pedágios, os custos logísticos aumentarão significativamente, reduzindo a competitividade da indústria têxtil local.
O polo têxtil da região já enfrenta desafios como concorrência com produtos importados e altos custos de produção. O acréscimo de novas tarifas de pedágio pode dificultar ainda mais a manutenção e o crescimento das empresas, impactando diretamente o emprego e a economia das cidades envolvidas.
Instituições de ensino e pesquisa, como a Unicamp, Facamp, PUC-Campinas, as faculdades de Americana e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), também podem enfrentar desafios adicionais com a instalação de novos pedágios. Estudantes, professores e pesquisadores que dependem de deslocamentos frequentes podem ver seus custos de transporte aumentarem, o que pode afetar a acessibilidade e a colaboração acadêmica. Esse cenário comprometerá a atratividade da região para talentos e novos investimentos.
Além disso, a cobrança de pedágios em rodovias já mantidas por impostos estaduais levanta questões sobre a duplicidade de encargos para os cidadãos. Os contribuintes já financiam a manutenção das estradas por meio de tributos; a adição de tarifas de pedágio representa uma cobrança adicional pelo mesmo serviço, o que é percebido como injusto por muitos.
Historicamente, a RMC tem sido alvo frequente de novas instalações de pedágios. Ano após ano, o número de pedágios na região aumenta! Esse padrão contínuo de aumento nas praças de pedágio tem que acabar! Nossa região está sendo onerada de forma desproporcional.
Nesta semana, motoboys organizaram manifestações contra a possibilidade de instalação de novos pedágios na região. Esses profissionais, que dependem das rodovias para seu sustento diário, seriam diretamente afetados pelas novas tarifas, tornando seu trabalho ainda mais oneroso.
A instalação de novos pedágios na RMC não é uma necessidade, é uma escolha política do governador do estado, que prioriza os interesses das concessionárias em vez do bem-estar da população. Enquanto trabalhadores e estudantes lutam para sobreviver, o governo quer impor mais um peso nas costas do povo, encarecendo o transporte, dificultando o acesso às universidades e prejudicando a economia local.
Não podemos aceitar esse ataque à nossa região! Estou me mobilizando com autoridades locais, lideranças comunitárias e toda a população para impedir mais esse absurdo. A RMC já paga caro demais e não pode ser tratada como um caixa eletrônico do governo estadual. Chega de pedágios! Vamos lutar contra essa injustiça e exigir que o governador respeite nossa região!
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