As contas da Câmara Municipal de Americana no ano de 2023 na gestão do presidente Thiago Brochi (PL) foram reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), que apontou uma série de falhas graves. Ele foi multado em R$ 11,1 mil por irregularidades.

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A decisão foi tomada em 25 de fevereiro de 2025 e revela um cenário complicado dentro do Legislativo municipal.

O relatório é claro: falhas no planejamento, controle interno ineficiente, licitação com indícios de problemas e despesas exageradas com pessoal.

Thiago Brochi: R$ 11,1 mil de multa e contas rejeitadas

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O destaque negativo vai para o número de cargos comissionados, que chegou a 81 servidores, frente a apenas 33 servidores efetivos (de carreira). Segundo o Tribunal, “a irrazoabilidade do quadro de pessoal evidencia-se por reiteração ao longo de quase uma década”.

O TCE também não poupou críticas à forma como o orçamento foi executado. A Câmara autorizou o Executivo a mexer em até 30% da Lei Orçamentária, o que, segundo o relator, “compromete o processo democrático”. Em outras palavras: o orçamento aprovado pelos vereadores pode ter sido totalmente desfigurado ao longo do ano.

Um dos casos mais controversos foi o Pregão nº 01/2023, que contratou serviços de pintura e reparos para o prédio da Câmara. O edital foi considerado mal planejado, com exigências vagas e estimativa de preço acima do mercado. Detalhe: o prédio é tombado como patrimônio histórico, mas o órgão responsável nem foi avisado sobre as obras.

Além disso, o Legislativo terminou o ano no vermelho: déficit econômico de R$ 359 mil e rombo patrimonial de mais de R$ 752 mil. Parte dos gastos com adiantamentos sequer tinha nota fiscal, segundo os auditores. A reportagem do NM aguarda o posicionamento do ex-presidente, para conceder o espaço.

 

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