O secretário-adjunto de Segurança Pública de Nova Odessa, Silvio Natal, foi até a Delegacia de Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (17) registrar Boletim de Ocorrência depois de uma discussão ocorrida na obra da nova sede da Guarda Civil Municipal.
A confusão ocorreu depois que Natal viu funcionários da empresa retirando telhas e outros materiais. Alegando que a ação não estava autorizada, o secretário acionou a GCM, houve discussão e todos foram para a Delegacia.
O canteiro de obras fica na Avenida João Pessoa, esquina com a Rua Wanda Blanco Pereira.
Segundo o Boletim de Ocorrência, o desentendimento começou quando Natal observou dois homens retirando pontaletes de eucalipto e placas de zinco do local por volta das 11h20.
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Argumentando que a ação não estava autorizada, ele acionou a GCM e ordenou que os envolvidos descarregassem os materiais de volta ao terreno.
Natal acusado, rebate
Houce divergências entre o secretário-adjunto e funcionários da empresa responsável pela obra, a Empreiteira Ferrezin Ltda. Colaboradores da empresa relataram que a abordagem do secretário teria sido “autoritária e desrespeitosa”, fato negado por ele.
O dirigente chegou ao local vestindo bermuda, regata e chinelo (a data é ponto facultativo) e teria se exaltado com os trabalhadores.
Ainda no BO, é informado por Natal que houve rescisão contratual da Prefeitura com a empresa vencedora da licitação por suposto descumprimento, cujo procedimento administrativo e judicial ainda não terminou.
O representante da empresa teria proferido ofensas contra Natal e dito que ele “quer ser xerife da cidade”.
Em seguida, advogado da empresa se apresentou e tentou argumentar que teria autorização verbal de secretários municipais para retirar os materiais.
Além disso, que houve pagamento de R$ 385 mil para iniciar a primeira fase da execução da obra, mas a mesma não se cumpriu por completo e o material pertence à Prefeitura.
A empresa afirma que possui contrato em vigor com a Prefeitura e todas as ações estavam dentro das rotinas previstas para o andamento da obra.
A Polícia Civil irá apurar se houve irregularidades na movimentação dos materiais ou se ocorreu excesso na atuação do secretário-adjunto. A obra segue em andamento.