Para comemorar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo (2 de abril), o Centro Paula Souza divulga o projeto de ex-alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) de Campinas, criado com a proposta de colaborar com o desenvolvimento e apoio de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). ?? o Austin, um mecanismo que “transforma” o celular em um robô e alia um jogo lúdico a uma ferramenta de comunicação. A iniciativa é voltada a psicólogos, para uso no atendimento ao público na faixa etária de 5 a 10 anos.
O trabalho já rendeu aos estudantes Andrey Lima e Caroline Rodrigues um prêmio na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) deste ano, além da segunda colocação na edição de 2018 da Bentotec, Feira Científica e Tecnológica da unidade onde eles estudam.
O Austin é formado por um site com informações sobre o TEA, que busca conscientizar o público sobre o autismo, como ele é identificado e quais características os indivíduos com o transtorno podem apresentar. Também tem um app com um jogo e um mecanismo que “conversa” com a criança, de modo a estimular sua interação e comunicação.
O projeto foi desenvolvido com o apoio de psicólogos. Andrey e Caroline realizaram ainda uma pesquisa com estudantes da Etec. “Aplicamos um questionário para entender que conhecimento os alunos têm do TEA e como o site Austin poderia ajudar a esclarecer as dúvidas”, explica Andrey.
Alunos do curso técnico de Informática integrado ao Ensino Médio, os dois jovens também levaram em conta a questão do conforto e utilizou recursos lúdicos no desenvolvimento do projeto, criando uma “caixa” com uma pequena janela para inserção do celular para o uso do app. A união do aparelho com o objeto fabricado em uma impressora 3D resulta em um minirrobô (veja a foto).
Conscientização e inclusão
O projeto Austin vai ao encontro da proposta de conscientizar o público sobre o tema e contribuir para inclusão da criança, incentivando sua interação, comunicação e desenvolvimento interpessoal. A inclusão em sala de aula, no que se refere tanto ao conteúdo didático quanto ao relacionamento com os colegas, é algo fundamental para se obter a adaptação desejada.
Para a assessora de Inclusão da Pessoa com Deficiência do Centro Paula Souza, Alessandra Costa, o conhecimento e a conversa a respeito do TEA são aliados indispensáveis na integração dos autistas em ambiente escolar. “Cada aluno é diferente e tem necessidades, dificuldades e capacidades distintas. Por isso, nas Etecs e Fatecs, fazemos um trabalho de contato com o estudante, professores, familiares e psicólogos para entender o que o jovem precisa para se desenvolver e ter sucesso na sala de aula”, afirma.