O número de afastamentos por transtornos mentais no Brasil atingiu um patamar preocupante, impactando diretamente o mercado de trabalho e as finanças do país. Em 2024, foram concedidas 472.328 licenças médicas devido a problemas psicológicos, o maior número em pelo menos uma década, segundo dados do Ministério da Previdência Social obtidos pelo G1. O aumento de 68% em relação a 2023 revela um cenário alarmante e reforça a necessidade de ações mais eficazes para prevenir e enfrentar a crise de saúde mental no ambiente profissional.
Esse crescimento está relacionado à pressão no trabalho e aos impactos remanescentes da pandemia, que deixaram marcas profundas na saúde emocional dos trabalhadores. Diante desse quadro, o governo revisou a NR-1, norma que regula a segurança e o bem-estar no ambiente corporativo, tornando a fiscalização obrigatória e estabelecendo multas para empresas que não cumprirem as novas exigências. A medida visa incentivar práticas mais eficazes de apoio psicológico e prevenção do adoecimento mental nas organizações.
Transtornos e afastamentos
Os transtornos psicológicos já representam 13% dos 3,5 milhões de afastamentos concedidos pelo INSS em 2024, tornando-se uma das principais causas de licença médica no país. No entanto, algumas condições continuam subestimadas. A síndrome de burnout, por exemplo, resultou em apenas 4 mil afastamentos, um número considerado baixo diante de sua alta incidência no cotidiano corporativo.
“Investir na saúde mental não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também um diferencial competitivo. Precisamos oferecer suporte psicológico e, claro, um lugar acolhedor são vistas como mais atrativas por talentos, especialmente aqueles que buscam um ambiente de trabalho humanizado”, analisa Marcello Amaro, Diretor de Recursos Humanos (CHRO) da Portão 3 (P3).
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Além dos impactos sociais e no desempenho das equipes, os afastamentos por doenças psicológicas pesam nos cofres públicos. Embora a Previdência Social não tenha divulgado o valor total gasto com benefícios nesses casos, os trabalhadores afastados receberam, em média, R$ 1,9 mil por mês, com uma duração média de três meses. Estima-se que os custos previdenciários tenham atingido cerca de R$ 3 bilhões em 2024, evidenciando o peso financeiro da crise de saúde mental no país.
Para evitar um agravamento do problema, as empresas precisam adotar medidas que promovam um ambiente de trabalho mais saudável e equilibrado. A implementação de políticas de apoio psicológico, treinamentos para líderes e flexibilização das jornadas pode ser um caminho para reduzir os índices de adoecimento. Com a fiscalização mais rigorosa e o impacto direto na produtividade, organizações que não investirem no bem-estar de seus funcionários podem enfrentar não apenas penalidades financeiras, mas também dificuldades na retenção de talentos e na competitividade do mercado.
“Oferecer benefícios corporativos que promovam a saúde integral é uma estratégia inteligente, pois beneficia tanto o indivíduo quanto a empresa. O equilíbrio entre salário e bem-estar reflete as expectativas de uma força de trabalho moderna, que valoriza uma abordagem holística e consciente de sua saúde”, afirma Andre Purri, CEO e cofundador da Alymente.
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Portão 3 é uma plataforma de gestão de pagamentos para grandes empresas e indústrias. Com enfoque na gestão, em um único local, unificamos todas as despesas, como anúncios, alimentação, combustível, pedágio, viagens e outras despesas de pagamentos das empresas. Nossa missão é oferecer maior controle aos departamentos financeiros, tornando seu dia a dia mais simples. Com um volume transacional superior a meio bilhão de reais, impactamos mais de 2.000 empresas em toda a América Latina. Recebemos aceleração da Y Combinator’ 21 e fomos reconhecidos como Endeavor Scale Up’22, além de sermos referência em Inovação Aberta no ranking “100 Open Startups 2024“. Em 2023, conquistamos os selos Most Loved Workplace e Great Place to Work.
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