As baratas são consideradas uma das pragas urbanas mais resistentes. Estima-se que existam mais de 4 mil espécies conhecidas, embora apenas algumas causem problemas em áreas residenciais. Em condomínios, o risco é maior porque há grande circulação de pessoas, descarte constante de lixo e redes de esgoto interligadas. Esses fatores criam condições ideais para o surgimento e a reprodução do inseto.

O clima brasileiro também contribui para a expansão da praga. De acordo com a Associação Paulista de Empresas de Pesquisa e Controle de Pragas Urbanas (APAPE), altas temperaturas associadas à umidade elevada favorecem a reprodução das baratas, resultando em maior infestação em períodos quentes (APAPE, Biologia e Controle de Baratas).

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Nessas condições, os insetos encontram ambiente ideal para se multiplicar, elevando o risco de transmissão de bactérias e fungos que podem causar doenças gastrointestinais e alergias respiratórias, o que reforça a necessidade de controle contínuo.

O papel da limpeza coletiva no controle das infestações

baratas

A limpeza adequada dos espaços comuns é um dos pilares no combate às baratas. Áreas como garagens, lixeiras, halls de entrada e casas de máquinas são pontos críticos. Quando não recebem manutenção frequente, tornam-se locais de abrigo e reprodução. Síndicos devem organizar rotinas de higienização com equipes especializadas, utilizando produtos apropriados para cada área.

A destinação correta do lixo também tem peso relevante. Os sacos devem estar bem fechados e armazenados em locais apropriados, sem contato direto com o chão. Em muitos condomínios, a instalação de contêineres com tampas herméticas já mostrou resultados positivos, reduzindo a atração para insetos. Ao mesmo tempo, campanhas internas de conscientização entre os moradores ajudam a reforçar a importância de cuidados simples, como não deixar restos de comida em áreas comuns.

Estruturas físicas podem favorecer ou reduzir infestações

As baratas utilizam frestas, rachaduras e tubulações para circular entre apartamentos e áreas de serviço. Por isso, a manutenção predial é indispensável. Inspeções periódicas em encanamentos, ralos e sistemas de ventilação reduzem os pontos de entrada. Vedar frestas em rodapés, instalar telas em janelas de áreas técnicas e adotar ralos com fecho hidráulico são medidas preventivas de baixo custo que trazem impacto imediato.

Outro aspecto relevante é a rede de esgoto. Quando não recebe a manutenção adequada, pode se tornar um verdadeiro ponto de infestação, permitindo a circulação das baratas por diferentes blocos. Monitorar a integridade das tubulações e realizar limpezas preventivas ajuda a reduzir esse risco.

O papel das empresas de dedetização em condomínios

Embora medidas preventivas sejam eficazes para reduzir a infestação, muitas vezes é necessário contratar empresas especializadas em controle de pragas. Essas equipes utilizam técnicas seguras para o ambiente coletivo, levando em conta a presença de crianças, idosos e animais de estimação. O tratamento é realizado de forma planejada, cobrindo desde áreas externas até tubulações internas.

A periodicidade desse tipo de serviço varia conforme o porte do condomínio e o histórico de infestações. Em regiões de clima quente e úmido, recomenda-se que seja feito pelo menos duas vezes ao ano. A dedetização deve sempre ser acompanhada de comunicação transparente entre síndicos e moradores, para que todos sigam recomendações de preparo, como vedar alimentos e manter ambientes organizados.

Produtos e medidas de uso doméstico

No interior dos apartamentos, os moradores também desempenham papel importante no combate às baratas. A higienização da cozinha, o cuidado com ralos e a atenção ao armazenamento de alimentos reduzem o risco de atração. O uso de iscas em gel é uma prática comum e considerada segura para ambientes domésticos.

Outro recurso amplamente utilizado é o inseticida para baratas, disponível em diferentes formatos, como sprays e pós aplicáveis em frestas. O ideal é que esse tipo de produto seja usado com cautela, sempre seguindo as instruções da embalagem. Quando associado a práticas de limpeza, o resultado tende a ser mais duradouro, evitando que o problema se espalhe por diferentes áreas do prédio.

A importância da conscientização coletiva

O combate às baratas em condomínios depende tanto de ações coletivas quanto individuais. Síndicos, zeladores e moradores precisam atuar em conjunto, respeitando protocolos de descarte de lixo, cuidando da higiene dos ambientes e comunicando imediatamente a administração sobre sinais de infestação.

“As baratas não são apenas uma questão de desconforto, mas um risco de saúde pública, já que podem carregar microrganismos responsáveis por infecções gastrointestinais e respiratórias. O controle adequado dentro de condomínios depende de ações contínuas, que envolvem desde a manutenção das estruturas até o comportamento coletivo dos moradores.” comenta Maria Fernanda Zarzuela, PhD e coordenadora do Laboratório da Envu.

Condomínios que investem em campanhas educativas, com cartazes em áreas comuns e comunicados periódicos, conseguem engajar mais os moradores. Quando todos entendem que pequenos hábitos fazem diferença, a prevenção se torna parte da rotina, reduzindo custos e mantendo os espaços mais seguros.

Um desafio permanente nas cidades

A presença de baratas em condomínios é um reflexo da vida urbana, marcada por alta densidade populacional, grande geração de resíduos e sistemas de esgoto interconectados. Controlar a praga exige disciplina, organização coletiva e o apoio de serviços especializados quando necessário.

Mais do que uma questão de incômodo, a infestação traz riscos à saúde e compromete a qualidade de vida. Ao adotar medidas preventivas, utilizar corretamente produtos como inseticida para baratas e manter a manutenção predial em dia, os condomínios conseguem reduzir de forma consistente os impactos da praga. Nesse contexto, o engajamento coletivo se mostra o caminho mais seguro para garantir ambientes limpos e saudáveis.

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