Brasil já possui exame avançado para detectar a pré-eclâmpsia
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Em 22 de maio, celebra-se o Dia Mundial de Conscientização sobre a Pré-eclâmpsia, uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil e no mundo. A data chama atenção para a importância do diagnóstico precoce dessa condição, que pode evoluir de forma silenciosa e rápida, colocando em risco a saúde da gestante e do bebê.
Neste contexto, vale destacar que o Brasil já conta com um exame de alta tecnologia que avalia, de forma rápida e precisa, o risco de desenvolvimento da pré-eclâmpsia — permitindo uma conduta médica mais segura, eficaz e com potencial de salvar vidas.
O teste, da Thermo Fisher Scientific, líder global a serviço da ciência, pode ser solicitado pelo médico em laboratórios da rede privada e representa um avanço importante no cuidado com a saúde materna. Ele atua tanto na triagem (antes mesmo do surgimento de sintomas) quanto no diagnóstico e prognóstico da condição.
A detecção avançada de pré-eclâmpsia foi aprovada em 2023 pela FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos e foi eleita uma das 200 melhores invenções do ano pela conceituada revista norte-americana Time. A empresa é a única que tem o FDA aprovado e fornece suporte em todas as etapas da PE (triagem, diagnóstico e prognóstico). No Brasil, o teste está disponível na rede privada e aguarda avaliação da CONITEC para incorporação ao SUS.
No início deste ano, o tema esteve fortemente presente na pauta pública após o falecimento da filha da cantora Lexa, cuja gestação foi afetada por complicações graves associadas à doença. O episódio trouxe à tona um tema que ainda carece de atenção e reforça o papel crucial da ciência no avanço do cuidado com a saúde materna.
Sobre o exame:
A Thermo Fisher Scientific possui biomarcadores que podem ser realizados em dois momentos da gestação, como triagem (detecta o risco antes mesmo de aparecer os primeiros sintomas), e diagnóstico/prognóstico. O plgf deve ser realizado no 1º trimestre da gestação (entre a semana 11 a 14) e avalia o risco da gestante para desenvolvimento da pré-eclâmpsia ao longo da gestação. Caso a mesma seja considerada de alto risco, o médico deve iniciar a profilaxia antes da semana 16. Já o diagnóstico e o prognóstico são realizados no 2º e 3º trimestre da gestação (a partir da 20ª semana – que é o caso da cantora Lexa) com a razão dos testes sflt-1/plgf. permitindo melhor acurácia no diagnóstico e uma melhor análise do prognóstico e da estimativa da gravidade. Ambos representam uma ferramenta crucial para a triagem e diagnóstico e estão disponíveis na rede privada.
Sobre a doença:
A pré-eclâmpsia é um problema grave que possui relação com o aumento da pressão arterial de pacientes gestantes. Todos os dias, cerca de 810 mulheres morrem em todo o mundo por complicações relacionadas à gestação ou parto.1 A doença consiste no aumento da pressão arterial e a perda de proteínas na urina, ocorrendo principalmente após a 20ª semana de gestação. Ela impede que o bebê receba a quantidade de nutrientes e de oxigênio necessários para seu desenvolvimento adequado. Já na gestante, as complicações podem ser neurológicas, renais, insuficiência cardíaca e descolamento prematuro da placenta. Complicações da pré-eclâmpsia, como a eclâmpsia, quando se associam a convulsões, aumentam os riscos para a gestante e o bebê. Ainda, é importante ressaltar que existem estudos que mostram que o risco de desenvolver doença isquêmica do coração aumenta em 30% ao longo da vida para a mãe e o bebê que desenvolveram pré-eclâmpsia.2
A melhor forma de se evitar estes transtornos é através do rastreamento (triagem) dos grupos de risco e do diagnóstico precoce. É nesse momento que os exames de sangue desempenham papel de grande relevância. Um teste simples, preditivo eficaz para a pré-eclâmpsia facilita o diagnóstico precoce, a vigilância direcionada e o parto no melhor momento para a mãe e o bebê.
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