Por Anderson Kbça- A recente aprovação do orçamento de 2025 pelo Congresso Nacional, que corta 84% dos recursos destinados à Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), é um verdadeiro absurdo! O investimento, que deveria ser de aproximadamente R$ 3 bilhões, despenca para apenas R$ 480 milhões.

Isso representa um duro golpe para os trabalhadores da cultura em nosso país.

Para exemplificar essa situação, em Americana, o valor que antes era de R$ 1,5 milhão cairá para cerca de R$ 450 mil. Essa redução drástica não é apenas um número; é a desvalorização de um setor vital para a nossa sociedade.

Defender a Cultura é um Dever de Todos, por A Kbça

Nossos representantes no Congresso, os nobres parlamentares, continuam a enxergar a cultura como um mero gasto, ignorando a geração de emprego, renda e a promoção da cidadania que o setor cultural proporciona.

É inadmissível que, em um país tão rico em diversidade cultural como o Brasil, nossos legisladores ainda não tenham compreendido o papel fundamental do investimento em cultura e o retorno econômico que essa área gera.

Um exemplo claro da importância do investimento em cultura é o levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro. A pesquisa revelou que cada R$ 1 investido na Lei Paulo Gustavo gerou R$ 6,51 na economia. Isso demonstra que a cultura não apenas enriquece nosso patrimônio, mas também traz um retorno significativo para a economia.

Os recursos destinados à cultura não podem ser excluídos das pautas essenciais do poder público. É preciso adotar um olhar responsável e técnico sobre o setor cultural e a economia criativa. Chega de cortes sem justificativas! A cultura não é uma despesa, mas um investimento no futuro do nosso povo.

O PNAB é uma lei obrigatória, e o Governo Federal, através do Ministério da Cultura, fez bem ao se comprometer, por meio de nota oficial, a repassar o valor integral da Aldir Blanc aos municípios. No entanto, é crucial que o governo esclareça de onde virá esse dinheiro, já que a falta de transparência tem sido uma falha recorrente.

Defender a cultura é um dever de todos nós. Precisamos nos unir para exigir que nossos representantes compreendam a importância desse setor e garantam que os recursos necessários sejam alocados de forma justa e responsável. A cultura é um patrimônio de todos e deve ser tratada como tal.

Anderson Rodrigues (Kbça)

Produtor Cultural / Gestor Público