Ela prometeu e cumpriu! A Gata do Flamengo Myrella Santos, destaque da escola de samba Colorado do Brás, avisou que causaria no Carnaval 2019. E não deu outra. No desfile ela apareceu de topless para invadir o Sambódromo do Anhembi. Com uma fantasia inspirada na cultura africana ??? que tem tudo a ver com o enredo ???, a morena surgiu de topless e roubou a cena.
“Carnaval é ousadia e pouca roupa mesmo. Adoro causar e ser o centro das atenções”, disse a modelo que é apaixonada por carnaval e futebol. “Em São Paulo a preparação foi longa. Mesmo com a parte debaixo da fantasia, coloquei um tapa-sexo.
E claro que no início fiquei preocupada, achei que pudesse cair. Mas ficou firme, deu para sambar muito sem mostrar demais”.
Com os seios à mostra e uma cabeça inspirada no visual de Carmen Miranda, Myrella não se intimidou com os olhares indiscretos na avenida. “O que é bonito é para se mostrar mesmo”, brincou. “Não tenho pudor e nem vergonha do meu corpo. Acho que ousar faz parte do espetáculo, adorei a fantasia e sair assim livre, leve e solta”.
O Dia Internacional da Mulher é celebrado em todo o ocidente e simboliza a luta das mulheres pelo fim do machismo, do preconceito e por melhores condições perante a sociedade de vida, trabalho e reconhecimento.
A Diva Fitness Gabi Lubies é um ícone de beleza e empoderamento feminino e relata um pouco da sua relação com esta importante data: “Devido a certas circunstâncias, há tempos atrás eu era condicionada a achar que não fazia o menor sentido ter o Dia das Mulheres, se não tínhamos o Dia do Homem, achava que isso era uma forma de um preconceito travestido de reconhecimento.Só que minha percepção mudou, ainda bem, quando comecei a pesquisar, estudar sobre feminismo, sororidade, questões ligadas a mulher de um modo geral e principalmente quando comecei a observar os atos dos outros e em especial os meus. Fiquei em choque quando eu descobri que era muito machista e não percebia”.
A Diva Fitness revela que foi condicionada a aceitar o machismo e a cultura do patriarcado com consequência de sua criação: “venho de uma criação, como a maioria das mulheres e homens, onde o patriarcado, para se sustentar, precisava e precisa replicar essa cultura de inferiorizar as mulheres para se manter vivo. Minha avó, quando vinham homens ou meninos maiores frequentar a casa dela, mandava minha mãe trocar o meu shorts e colocar uma calça, porque não ficava bem eu mostrar a perna já que podia despertar a “vontade” nos homens. Várias amigas passavam pela mesma situação. Ou seja, as meninas de certa forma seriam as responsáveis por ‘provocar’ os homens e isso daria uma anuência para algo que eles viessem a fazer”, revela
Gabi Lubies aponta que existe um legado cultural que infelizmente ainda está longe de ter seu fim: “?? inegável o passivo histórico de tratamento de subespécie que nós mulheres fomos submetidas. Não faz muito tempo em que a mulher era propriedade dos pais e passava depois para o marido, não tinha direito de estudar, não podia votar, não podia usar calças, não podia decidir sobre sua própria vida, o nascimento de uma menina era lamentado enquanto o do “varão” era comemorado. Ainda hoje algumas culturas tratam as mulheres de forma como se tivessem menos valor que os homens e fazem isso de forma declarada, mas acredito que em todas, mesmo nas que dizem ter abolido o tratamento diferenciado, ele ainda exista e está longe de desaparecer”.
A Diva Fitness se posiciona contra situações de desigualdade que milhões de mulheres ainda tem enfrentado em suas vidas: “temos salários desiguais para os mesmos cargos em função do gênero, sofremos assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, temos que estudar e nos qualificar muito mais do que os homens para crescermos no trabalho, somos vítimas de feminicídio, preconceito, e para ter respeito somos obrigadas a adotar uma postura mais ‘enérgica’ ou até masculinizada nos postos de comando. Aí vem o patriarcado e dita qual é a postura esperada para a mulher que ‘é para casar’, assim como para aquela que é mãe, que é casada, para a viúva. Temos todo um roteiro de coisas que não ficam bem para a mulher falar, vestir, postar, comentar, curtir; somos incentivadas desde novas a competir umas com as outras. Isso precisa acabar”.
Em tom de desabafo, Gabi Lubies sonha com o dia em que todos esses preconceitos sejam coisa do passado: “O Dia da Mulher é uma data importante, que nos lembra de nossa luta e nossa força. Sonho com o dia em que não precisaremos de uma data no calendário para conscientizar a sociedade que somos iguais aos homens em direitos. Mas por enquanto, que essa data comemorativa seja sempre um despertar para evidenciar que a luta ainda continua, para sensibilizar as pessoas a prestarem atenção em seus atos, no que acontece a sua volta para a causa do respeito à mulher”, conclui.