Luta pelo acesso à cannabis medicinal no Brasil
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A Santa Cannabis – associação sem fins lucrativos dedicada ao estudo e à distribuição legal de CBD e THC para pacientes com indicação médica -, está há 6 anos no mercado e atua como a mediadora entre pacientes, pesquisadores e órgãos públicos, para conseguir promover acesso à cannabis medicinal. O compromisso é garantir tratamento para os pacientes que precisam, seja por meio de suporte financeiro, parcerias institucionais ou doação direta, sempre priorizando a inclusão e o bem-estar de todos.
Segundo Pedro Sabaciauskis, fundador e presidente, a associação busca facilitar o contato entre pacientes e prescritores especializados, orientando cada etapa do processo. Além disso, investem em pesquisas internas, no desenvolvimento de novos processos e genéticas, e na otimização das etapas produtivas, desde o cultivo até a formulação final dos produtos. O objetivo é aprofundar a compreensão sobre os impactos do tratamento com canabinoides, garantindo maior segurança, padronização e eficácia terapêutica.
Além de atuar diretamente com pacientes, Pedro explica que a Santa também trabalha na conscientização da sociedade sobre o uso medicinal da cannabis. “Queremos cada vez mais conseguir desmistificar preconceitos e fomentar discussões baseadas em ciência. Com isso, pretendemos ampliar o acesso a informações confiáveis e fortalecer o avanço da medicina canabinoide, promovendo inovação e impacto positivo tanto na saúde individual quanto no desenvolvimento científico da área”, afirma.
Atualmente, a Santa Cannabis atua em quatro frentes principais de ações sociais e promoção à saúde, garantindo que pacientes e instituições tenham acesso ao tratamento com terapia canabinoide:
1. Fornecimento social direto: a associação realiza uma anamnese social para avaliar a situação do paciente. Aqueles que se enquadram no perfil social podem receber descontos significativos ou até mesmo a isenção total do custo do tratamento.
2. Parcerias com municípios: através de convênios com prefeituras, a Santa Cannabis fornece óleos de cannabis gratuitamente para grupos específicos definidos pelo município. Um exemplo disso é o Projeto Borboletas, em parceria com Balneário Camboriú, que beneficia mulheres com fibromialgia.
3. Apoio a associações e grupos sociais: a organização também fornece óleos para associações e grupos independentes que atuam em causas sociais, como o Projeto Brilhando Juntos, em Santo Amaro do Imperatriz, que auxilia pessoas no espectro autista.
4. Doações para instituições educacionais e universidades: a Santa Cannabis apoia pesquisas científicas, doando produtos para universidades e instituições que desenvolvem estudos sobre os benefícios da cannabis medicinal. Isso contribui para o avanço do conhecimento na área e a validação científica do tratamento.
Dessa forma, pacientes que atendem aos critérios de vulnerabilidade social, grupos organizados de apoio a causas específicas e instituições acadêmicas podem se beneficiar das ações sociais e de pesquisa da associação.
Pedro ressalta que o impacto das iniciativas é profundo e abrangente. “Para os pacientes, significa melhora na qualidade de vida, redução da dor, alívio de sintomas incapacitantes e recuperação da autonomia. Para as famílias, traz mais esperança e suporte no tratamento de condições crônicas. Para as instituições acadêmicas, abre novas possibilidades de pesquisa e inovação no campo da medicina canabinoide. Já para os municípios e associações, fortalece políticas públicas de saúde e proporciona atendimento mais humanizado a populações vulneráveis”, destaca.
Além disso, as ações da Santa Cannabis são eficazes para o governo, pois contribuem para a redução da sobrecarga no sistema público de saúde, já que pacientes em tratamento adequado apresentam menor necessidade de atendimentos emergenciais e internações. Isso impulsiona o desenvolvimento de regulamentações acessíveis e inclusivas, criando um modelo sustentável de fornecimento de cannabis medicinal. A ampliação do acesso ao tratamento reflete de forma positiva na economia, reduzindo custos com medicamentos convencionais e abrindo oportunidades para pesquisas e investimentos no setor.
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