Católicos e evangélicos vão protestar em frente a Esplanada dos Ministérios hoje para defender restrições ao aborto previsto em lei e farão ataques contra a decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que facilitou o casamento gay. Eles vão contra as propostas polêmicas e enfrentam resistência de ativistas de direitos humanos.
Também deverão pregar por liberdade religiosa, questionar a criminalização da homofobia e aproveitar para contestar a indicação do advogado Luís Roberto Barroso para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal. Ele enfrenta resistência por ter defendido a equiparação das uniões homoafetivas às uniões heterossexuais e a pesquisa com células-tronco em julgamento no Supremo.
Capitaneada por grupos católicos, a 6ª Marcha Nacional da Cidadania Pela Vida pretende reunir 30 mil pessoas.Ocorrerá dois dias após a Parada Gay da cidade de São Paulo –marcada também por críticas ao pastor evangélico e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
A principal demanda dos religiosos é a aprovação do Estatuto do Nascituro, que garante direitos ao bebê em gestação –o que, na prática, pode vedar o aborto mesmo nos casos já previstos por lei. A proposta deverá ser votada amanhã pela Comissão de Finanças da Câmara.
EVANG??LICOS
Os protestos dos católicos devem ser reforçados amanhã por outra manifestação em frente ao Congresso –desta vez, com maior participação de evangélicos.
Segundo o pastor Silas Malafaia, o ato poderá reunir até 100 mil pessoas e vai criticar a decisão do CNJ que obriga os cartórios a celebrarem casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Outro tema é a liberdade religiosa e de expressão, espécie de desagravo ao próprio Malafaia e a Feliciano.
Informações obtidas na Folha de S. Paulo