Artigo- Consumo Consciente

Brasil,

Artigo- Consumo Consciente

16 de agosto de 2015

Dou início a este artigo invocando o seguinte provérbio africano: ???o mundo que temos hoje nas mãos não nos foi dado pelos nossos pais, ele nos foi emprestado pelos nossos filhos???.
 Isso significa que cada geração deve legar às gerações vindouras um meio ambiente igual ou melhor do que aquele recebido, conforme preconiza a Organização das Nações Unidas (ONU), sem que se perca de vista o sucesso econômico, pois como diz o ambientalista Claudio Valadares ???o homem no vermelho não protege o verde???. Por isso a grande meta que sintetiza todo esse esforço é compartilhar transformação produtiva com equidade social e sustentabilidade ambiental. Um pouco disso tudo tratei em artigo publicado em 2007, cujo tema foi Responsabilidade Social Empresarial. Lembro-me que naquela oportunidade eu dizia que a responsabilidade social começa em casa, com a mudança de nossas atitudes. Como consumidores, devemos ter em mente que não existe um ato de consumo sem impacto. O artigo de hoje, prezado leitor, tem a finalidade de aprofundar um pouco esse tema por considerá-lo de suma importância para todos nós. Com algumas informações que colecionei ao longo dos últimos anos, palestras que assisti do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e no próprio site desse instituto, bem como material que ajudei a construir sobre esse tema para a oficina de Gestão de Fornecedores da Conferência do Instituto Ethos Empresas e Responsabilidade Social de 2004, decidi compartilhar com vocês um pouco que aprendi desse tema tão importante. Mas, afinal de contas, do que estamos falando? Segunda definição do Instituto Akatu, consumo consciente é ???o consumo com consciência e voltado à sustentabilidade???. Tudo a ver com o provérbio africano acima, não? Toda vez que usamos água ou energia elétrica, jogamos fora o lixo ou vamos às compras, o consumidor consciente já leva em conta o impacto dessas ações sobre a economia, a sociedade e o meio ambiente. Consumir com consciência é uma questão de cidadania, pois o impacto do consumo de um grande número de pessoas, mesmo por um curto período de tempo, faz muita diferença. Consumir conscientemente é possível quando as pessoas escolhem comprar produtos ou serviços de empresas socialmente responsáveis, que não têm como objetivo apenas tirar proveito da sociedade, mas respeitá-la e dar algo em troca. São empresas que levam em consideração a sociedade e o meio ambiente, como as indústrias que não poluem o ar ou a água, os produtores agrícolas que não exploram o trabalho infantil ou as lojas de móveis que não vendem peças fabricadas com madeira extraída ilegalmente das florestas nativas. São empresas que investem em suas comunidades e em seus colaboradores e suas famílias. Privilegiando essas empresas, o consumidor deixa claro sua escolha por quem ajuda a construir uma sociedade mais justa. O simples ato de ir às compras pode levar as pessoas a mudar o mundo, basta que façamos algumas perguntas. Porque? O que? Como? De quem? Como vou usar? Como irei descartar? Como posso reduzir, reutilizar e reciclar? Não devemos viver para o consumo e sim consumir para viver. Tenho visto diversas iniciativas de empresas e organizações orientando as pessoas para o consumo consciente, visto que, tudo aquilo que se faz todos os dias, faz diferença. Gostaria então de compartilhar com vocês algumas dessas iniciativas. O Mc Donalds recentemente em suas toalhas de mesa divulgou mais de 50 maneiras de salvar o mundo fazendo coisas simples. A revista Veja da editora Abril, no Guia Veja, recomendou um conjunto de medidas simples para economizar água, as empresas Johnson&Johnson e CPFL Energia, em seus jornais internos Climate Care e Qualidade de Vida, disponibilizaram aos seus colaboradores pequenas ações do dia a dia que tornam a convivência neste planeta mais saudável. O Instituto Akatu lançou recentemente um manual com 12 princípios para o consumidor ajudar a combater o aquecimento global e no site do Planeta Sustentável, o www.planetasustentavel.com.br, pode-se encontrar um manual de etiqueta com 33 dicas de como enfrentar este e outros desafios da atualidade. E agora, prezados leitores? Após a leitura deste artigo, dá para imaginar como estamos com relação ao tema ???Consumo Consciente???? Indiferentes? Iniciantes? Engajados? Conscientes? No site do Instituto Akatu (www.akatu.org.br) vocês poderão, além de fazer o teste de consumidor consciente, encontrar dentre outras coisas, dicas, orientações básicas e o grau de Responsabilidade Social das empresas que você consome produtos e serviço. Uma outra dica seria a leitura do Guia Exame 2007-Sustentabilidade com a lista das 20 empresas modelo em Responsabilidade Social Corporativa no Brasil, e verificar o que essas empresas estão fazendo no tocante ao Consumo Consciente. Encerro este artigo com uma frase de George Bernard Shaw que julguei oportuna para este momento, que diz ???não há progresso sem mudança. E quem não consegue mudar a si mesmo, acaba não mudando coisa alguma???. Agora é com vocês. Por Luiz Fernando de Araújo Bueno. Administrador de Empresas, professor de pós-graduação do IBE – FGV Campinas/SP, professor da FGV online, diretor do Departamento de Sustentabilidade do CIESP ??? Diretoria Regional de Campinas, consultor e palestrante.

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Brasil,

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16 de agosto de 2015

Dou início a este artigo invocando o seguinte provérbio africano: ???o mundo que temos hoje nas mãos não nos foi dado pelos nossos pais, ele nos foi emprestado pelos nossos filhos???.
 Isso significa que cada geração deve legar às gerações vindouras um meio ambiente igual ou melhor do que aquele recebido, conforme preconiza a Organização das Nações Unidas (ONU), sem que se perca de vista o sucesso econômico, pois como diz o ambientalista Claudio Valadares ???o homem no vermelho não protege o verde???. Por isso a grande meta que sintetiza todo esse esforço é compartilhar transformação produtiva com equidade social e sustentabilidade ambiental. Um pouco disso tudo tratei em artigo publicado em 2007, cujo tema foi Responsabilidade Social Empresarial. Lembro-me que naquela oportunidade eu dizia que a responsabilidade social começa em casa, com a mudança de nossas atitudes. Como consumidores, devemos ter em mente que não existe um ato de consumo sem impacto. O artigo de hoje, prezado leitor, tem a finalidade de aprofundar um pouco esse tema por considerá-lo de suma importância para todos nós. Com algumas informações que colecionei ao longo dos últimos anos, palestras que assisti do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e no próprio site desse instituto, bem como material que ajudei a construir sobre esse tema para a oficina de Gestão de Fornecedores da Conferência do Instituto Ethos Empresas e Responsabilidade Social de 2004, decidi compartilhar com vocês um pouco que aprendi desse tema tão importante. Mas, afinal de contas, do que estamos falando? Segunda definição do Instituto Akatu, consumo consciente é ???o consumo com consciência e voltado à sustentabilidade???. Tudo a ver com o provérbio africano acima, não? Toda vez que usamos água ou energia elétrica, jogamos fora o lixo ou vamos às compras, o consumidor consciente já leva em conta o impacto dessas ações sobre a economia, a sociedade e o meio ambiente. Consumir com consciência é uma questão de cidadania, pois o impacto do consumo de um grande número de pessoas, mesmo por um curto período de tempo, faz muita diferença. Consumir conscientemente é possível quando as pessoas escolhem comprar produtos ou serviços de empresas socialmente responsáveis, que não têm como objetivo apenas tirar proveito da sociedade, mas respeitá-la e dar algo em troca. São empresas que levam em consideração a sociedade e o meio ambiente, como as indústrias que não poluem o ar ou a água, os produtores agrícolas que não exploram o trabalho infantil ou as lojas de móveis que não vendem peças fabricadas com madeira extraída ilegalmente das florestas nativas. São empresas que investem em suas comunidades e em seus colaboradores e suas famílias. Privilegiando essas empresas, o consumidor deixa claro sua escolha por quem ajuda a construir uma sociedade mais justa. O simples ato de ir às compras pode levar as pessoas a mudar o mundo, basta que façamos algumas perguntas. Porque? O que? Como? De quem? Como vou usar? Como irei descartar? Como posso reduzir, reutilizar e reciclar? Não devemos viver para o consumo e sim consumir para viver. Tenho visto diversas iniciativas de empresas e organizações orientando as pessoas para o consumo consciente, visto que, tudo aquilo que se faz todos os dias, faz diferença. Gostaria então de compartilhar com vocês algumas dessas iniciativas. O Mc Donalds recentemente em suas toalhas de mesa divulgou mais de 50 maneiras de salvar o mundo fazendo coisas simples. A revista Veja da editora Abril, no Guia Veja, recomendou um conjunto de medidas simples para economizar água, as empresas Johnson&Johnson e CPFL Energia, em seus jornais internos Climate Care e Qualidade de Vida, disponibilizaram aos seus colaboradores pequenas ações do dia a dia que tornam a convivência neste planeta mais saudável. O Instituto Akatu lançou recentemente um manual com 12 princípios para o consumidor ajudar a combater o aquecimento global e no site do Planeta Sustentável, o www.planetasustentavel.com.br, pode-se encontrar um manual de etiqueta com 33 dicas de como enfrentar este e outros desafios da atualidade. E agora, prezados leitores? Após a leitura deste artigo, dá para imaginar como estamos com relação ao tema ???Consumo Consciente???? Indiferentes? Iniciantes? Engajados? Conscientes? No site do Instituto Akatu (www.akatu.org.br) vocês poderão, além de fazer o teste de consumidor consciente, encontrar dentre outras coisas, dicas, orientações básicas e o grau de Responsabilidade Social das empresas que você consome produtos e serviço. Uma outra dica seria a leitura do Guia Exame 2007-Sustentabilidade com a lista das 20 empresas modelo em Responsabilidade Social Corporativa no Brasil, e verificar o que essas empresas estão fazendo no tocante ao Consumo Consciente. Encerro este artigo com uma frase de George Bernard Shaw que julguei oportuna para este momento, que diz ???não há progresso sem mudança. E quem não consegue mudar a si mesmo, acaba não mudando coisa alguma???. Agora é com vocês. Por Luiz Fernando de Araújo Bueno. Administrador de Empresas, professor de pós-graduação do IBE – FGV Campinas/SP, professor da FGV online, diretor do Departamento de Sustentabilidade do CIESP ??? Diretoria Regional de Campinas, consultor e palestrante.

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Artigo- Consumo consciente

Política crítica,

Artigo- Consumo consciente

4 de junho de 2015

A população mundial está disposta a rever seus modelos de desenvolvimento e consumo? Essa é a principal reflexão proposta para o Dia do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, que tem como tema este ano ???Sete bilhões de sonhos. Um planeta. Consuma com Cuidado???. A Itália foi nomeada sede das celebrações globais, promovidas pela ONU e organizadas pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). 

Um tema muito pertinente a ser debatido, para que o mundo avalie seus hábitos de consumo. O número de sete bilhões que representa a população mundial por si só já é um desafio para o desenvolvimento sustentável. Água, energia, alimentos; como produzir para uma população gigantesca, de forma universal? 
De acordo com o Pnuma, muitos dos ecossistemas da Terra estão se aproximando do esgotamento. A população continua a crescer, pressionando os sistemas naturais para alimentar o sistema econômico. Nesse contexto, as atividades referentes ao Dia do Meio Ambiente devem mobilizar a sociedade a perceber não apenas a responsabilidade de cuidar da Terra, mas também o papel que cada cidadão deve exercer nesse processo. 
Achei muito interessante resultado de pesquisa realizada recentemente pelo Datafolha demonstrando que o brasileiro está preocupado com as mudanças climáticas. Segundo o levantamento encomendado pelo Observatório do Clima e pelo Greenpeace Brasil, 95% dos cidadãos acham que as mudanças climáticas já estão afetando nosso país. 
Para nove em cada dez entrevistados, as crises da água e energia têm relação direta com o tema. Para 84% dos entrevistados, o governo não faz nada ou faz muito pouco para enfrentar o problema. Eles apontaram ainda algumas soluções para essas questões, como a redução do desmatamento, melhorias no transporte coletivo e investimentos em energias renováveis. 
A respeito do desmatamento, quero citar dados atuais de que restam apenas 12,5% da área original da Mata Atlântica, onde vivem atualmente mais de 72% da população brasileira. Uma das florestas mais ricas em biodiversidade e uma das mais ameaçadas da Terra. Ainda que os mapeamentos indiquem uma queda no desmatamento, a fiscalização e mobilização para proteção da Mata Atlântica devem ser permanentes, além de se promover a recuperação das áreas já devastadas. As nascentes estão secando por falta de cobertura florestal, falta umidade e fertilidade para o solo, consequentemente vai faltar água nas cidades. 
O Brasil teve a grande oportunidade de se posicionar na Conferência do Clima, realizada em Paris, mas nosso representante disse que o país não tem pressa para apresentar sua proposta de redução de emissões de gases de efeito estufa. Lamentável. Proteger o meio ambiente significa qualidade de vida para nosso povo. 

** Chico Sardelli é deputado estadual pelo Partido Verde

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Política crítica,

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4 de junho de 2015

A população mundial está disposta a rever seus modelos de desenvolvimento e consumo? Essa é a principal reflexão proposta para o Dia do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, que tem como tema este ano ???Sete bilhões de sonhos. Um planeta. Consuma com Cuidado???. A Itália foi nomeada sede das celebrações globais, promovidas pela ONU e organizadas pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). 

Um tema muito pertinente a ser debatido, para que o mundo avalie seus hábitos de consumo. O número de sete bilhões que representa a população mundial por si só já é um desafio para o desenvolvimento sustentável. Água, energia, alimentos; como produzir para uma população gigantesca, de forma universal? 
De acordo com o Pnuma, muitos dos ecossistemas da Terra estão se aproximando do esgotamento. A população continua a crescer, pressionando os sistemas naturais para alimentar o sistema econômico. Nesse contexto, as atividades referentes ao Dia do Meio Ambiente devem mobilizar a sociedade a perceber não apenas a responsabilidade de cuidar da Terra, mas também o papel que cada cidadão deve exercer nesse processo. 
Achei muito interessante resultado de pesquisa realizada recentemente pelo Datafolha demonstrando que o brasileiro está preocupado com as mudanças climáticas. Segundo o levantamento encomendado pelo Observatório do Clima e pelo Greenpeace Brasil, 95% dos cidadãos acham que as mudanças climáticas já estão afetando nosso país. 
Para nove em cada dez entrevistados, as crises da água e energia têm relação direta com o tema. Para 84% dos entrevistados, o governo não faz nada ou faz muito pouco para enfrentar o problema. Eles apontaram ainda algumas soluções para essas questões, como a redução do desmatamento, melhorias no transporte coletivo e investimentos em energias renováveis. 
A respeito do desmatamento, quero citar dados atuais de que restam apenas 12,5% da área original da Mata Atlântica, onde vivem atualmente mais de 72% da população brasileira. Uma das florestas mais ricas em biodiversidade e uma das mais ameaçadas da Terra. Ainda que os mapeamentos indiquem uma queda no desmatamento, a fiscalização e mobilização para proteção da Mata Atlântica devem ser permanentes, além de se promover a recuperação das áreas já devastadas. As nascentes estão secando por falta de cobertura florestal, falta umidade e fertilidade para o solo, consequentemente vai faltar água nas cidades. 
O Brasil teve a grande oportunidade de se posicionar na Conferência do Clima, realizada em Paris, mas nosso representante disse que o país não tem pressa para apresentar sua proposta de redução de emissões de gases de efeito estufa. Lamentável. Proteger o meio ambiente significa qualidade de vida para nosso povo. 

** Chico Sardelli é deputado estadual pelo Partido Verde

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