Até agora, em 2022, a equipe da Prefeitura de Nova Odessa que atua no combate diário ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue e outras doenças, já visitou exatos 47.709 imóveis – incluindo residências, comércios, escolas, sucateiros e terrenos baldios, entre outros. Como o trabalho é contínuo e não para, esse número vai aumentar até o final do ano, devendo totalizar 50 mil visitas. É como se cada imóvel da cidade tivesse sido vistoriado duas vezes.

Desde a última semana, a já conhecida Kombi do Setor de Zoonoses ganhou uma nova identidade visual nas cores azul e amarela, como forma de reforçar a mensagem da importância da luta de toda a comunidade contra os criadouros do mosquito – lembrando sempre que cerca de 80% dos criadouros (qualquer recipiente que acumule água) estão dentro e nos quintais dos imóveis residenciais.

“Esses números (47.709 visitas) são referentes às atividades de casa em casa, arrastões, bloqueio de criadouros, nebulização, ADL (Avaliação de Densidade Larvária), atendimento de reclamações, visitas a ‘pontos estratégicos’ e notificações, entre outros”, explicou a coordenadora do Setor de Zoonoses, Paula Faciulli.

“De janeiro a novembro deste ano, foram visitados, vistoriados e orientados 32.583 imóveis. Nos arrastões, que realizamos em dois sábados de cada mês, visitamos mais 5.547 imóveis. De janeiro a novembro, foram aplicadas 59 notificações em imóveis que estavam em desacordo com a legislação municipal (Lei Municipal nº 2.947/2015”, acrescentou a médica veterinária.

BONS ÍNDICES

O mais recente LIRA (Levantamento Rápido de Índice Larvário) realizado pela equipe do Setor de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde no mês de outubro em 573 imóveis da cidade não foi apontada a presença de larvas do Aedes aegypti – mosquito cuja fêmea adulta é responsável por transmitir o vírus da dengue de um humano para outro. Cidades com até 1% de seus imóveis com larvas têm índice considerado “satisfatório” pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

O resultado do LIRA de outubro reforça o resultado da ADL (Avaliação de Densidade Larvária) promovida em julho, também com registro “zero”. No entanto, Nova Odessa registrou um número de casos positivos de dengue neste ano semelhante ao do ano passado (294 até novembro), ou seja, ainda há risco de circulação do vírus via mosquito.

Ainda assim, segundo Paula, o bom resultado nos levantamentos recentes “se deve ao trabalho diário dos Agentes de Endemias, nas atividades de casa a casa, os bloqueios de criadouros e os arrastões”.

“Mas vale lembrar que a população deve continuar se mantendo alerta, deixando seus quintais sempre limpos, sem água parada e removendo os objetos que não são mais utilizados. E isso durante o ano todo”, acrescentou a médica veterinária.

A redução de criadouros ainda é o melhor método para prevenir a proliferação de mosquitos e das doenças transmitidas por eles. Os munícipes que identificarem possíveis criadouros em terrenos baldios devem comunicar diretamente o Setor de Zoonoses por meio do WhatsApp (19) 99749-2110.