O Grupo de Estudos Sobre o Aborto – GEA vem a público manifestar repúdio às manifestações de ódio e intolerância que vêm sendo direcionadas à professora Débora Diniz. Este fato reitera a triste constatação de que falta informação de parte da população sobre o real significado de nossa luta em defesa da descriminalização do aborto.
Há alguns meses, além de ofensas em suas páginas e perfis em redes sociais, a professora Débora Diniz passou a receber, também ligações e mensagens com xingamentos e graves ameaças de morte.
O trabalho da antropóloga, que é membro do GEA, é fundamental para a defesa da vida de mulheres de todo o país, que morrem todos os dias vítimas de procedimentos inseguros, realizados em clínicas clandestinas ou por elas mesmas.
Assim, oferecemos aqui nosso total e irrestrito apoio, certos de que as investigações identificarão os responsáveis por esta situação, punindo os envolvidos e trazendo de volta a tranquilidade necessária para que Débora Diniz possa seguir com as suas atividades que tanto têm contribuído na luta pelos direitos humanos e saúde das mulheres.
Também aguardamos confiantes os resultados das audiências públicas, que ocorrerão no início de agosto, no Supremo Tribunal Federal (STF), com a participação de Débora Diniz. Para instruir o processo, além de Débora Diniz, outros 43 expositores argumentarão diante da ministra Rosa Weber, que é a relatora da ação, que pede a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.