Uma reunião promovida pela Frente Parlamentar em Defesa dos Ex-funcionários da empresa Eletrocast com o advogado Rolff Milani de Carvalho, administrador da massa falida, informou a situação do processo e acalmou o ânimo dos trabalhadores. A reunião ocorreu no escritório do advogado, na manhã de quinta-feira, na cidade de Jundiaí.

Os ex-empregados da empresa temiam que o patrimônio estivesse sendo dilapidado. Como esse patrimônio é a garantia do pagamento dos direitos de todos, eles temiam que perderiam dinheiro. O administrador da massa falida explicou a situação e acalmou o grupo.
De acordo com Rolff Milani, todo maquinário e equipamento, além do prédio da falida Eletrocast estão sob os cuidados de um fiel depositário. O advogado explicou que eventual dano será relatado no processo.
A Eletrocast decretou falência em setembro de 2013. Desde então, o administrador da massa falida vem trabalhando para reunir o quadro de credores e efetivar o levantamento de patrimônio restante para liquidar as dívidas. Ele explicou, contudo, que nada pode ser vendido e pago até que esse quadro de credores não estiver finalizado.
Portanto, enquanto todas as ações dos trabalhadores, por exemplo, não tiverem sido concluídas na esfera Trabalhista, nada pode ser vendido. Até agora são 779 ações contra a Eletrocast. 
IMPAGÁVEL- Rolff Milani tranquilizou os trabalhadores, mas não deu prazo de quando o processo deve ter fim. Ele explicou detalhadamente aos vereadores o trâmite de um processo judicial de uma massa falida e observou que a interdição do Fórum de Nova Odessa é apenas um dos fatores que tornam o processo lento.
Levantamento total das dívidas, habilitação de todos os credores e todos com ações judiciais já com trânsito julgado são algumas obrigações. Para deixar o processo mais lento, parte do patrimônio não está em nome da Eletrocast, mas com de outra empresa.
Preliminarmente, o administrador já identificou que a dívida total é impagável. Isso não significa que os trabalhadores não irão receber. ?? que de acordo com a lei, figura como prioritário o pagamento dos trabalhadores, depois dos encargos do Instituto Nacional do Seguro Social, tributos federais, estaduais e municipais. Estima-se que o patrimônio seja de R$ 33 milhões, enquanto a dívida de R$ 400 milhões.
Participaram da reunião os vereadores Sebastião Gomes dos Santos (SDD), Vagner Barilon (PSDB), Avelino Xavier Alves (PSDB), José Pereira (PPS) e representante do presidente Vladimir Antonio da Fonseca, o Professor Bi (SDD), além do ex-funcionário Sandro Marcos Buzati e outros três ex-funcionários.
SOCO NO EST??MAGO- Também participou da reunião o Secretário de Desenvolvimento Econômico de Nova Odessa, Adriano Lucas Alves. O interesse do município em ver o assunto se desenrolar é em decorrência do recebimento de impostos atrasados e na geração de empregos e riqueza para a cidade. As notícias, no entanto, não são boas para o governo municipal.
O administrador explicou que na lista de preferência de pagamentos, determinada por lei, os pagamentos de impostos municipais não figura entre os primeiros. Como as dívidas de tributos federais e estaduais somam R$ 350 milhões e o patrimônio é de dez vezes menor, ele descartou veementemente que Nova Odessa possa receber algo dessa dívida.
A cidade vai receber apenas o imposto sobre a venda do imóvel. Adriano pediu empenho e possível agilidade para liquidar o prédio, pois assim, novas empresas se instalam no local e passam a recolher tributos aos cofres públicos.
 
BOA NOTÍCIA- A boa noticia foi sobre a Indarma. Também administrador dessa massa família, Rolff Milani anunciou que o pagamento aos ex-empregados deve ser efetivado em breve. A falência da Indarma tem mais de 15 anos e o patrimônio era maior que a dívida.