A queda nas temperaturas e a proximidade do inverno aumentam a procura pelos tratamentos de varizes e vasinhos, problema que atinge uma em cada três pessoas no Brasil. A maioria dos pacientes aproveita o período para fazer o tratamento e chegar no verão já com as pernas totalmente recuperadas.
A médica Elen Martins, cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, afirma que o inverno é mesmo o melhor período do ano para tratar das varizes. “A recuperação exige alguns cuidados, como evitar a exposição ao sol e uso de compressão elástica. Com as temperaturas mais amenas, é mais fácil seguir estas recomendações”, explica.
O tratamento das varizes e dos vasinhos pode ser cirúrgico ou feito com aplicação de substâncias químicas líquidas ou espumosas e até com uso de laser. Mas o procedimento vai depender de cada caso e do tipo de veia doente. “Só após o diagnóstico é possível determinar qual tratamento mais adequado. ?? preciso levar em conta o estágio da doença e as condições clínicas do paciente”, explica.
As varizes surgem quando as veias das pernas não conseguem retornar o sangue para o coração e se dilatam. Quando pequenas, são chamadas de reticulares e têm baixo risco de complicações. As varizes, porém, podem gerar desconforto, inchaço coceira e formação de coágulos que podem ser desprender e parar no pulmão. Já os vasinhos são dilatações de veias subdérmicas, que não contribuem para a drenagem venosa, mas geram desconforto estético significativo, e quando em grande quantidade, podem gerar dor e desconforto.
A doença varicosa pode ser classificada em dois tipos: primárias, que aparecem influenciadas pela tendência hereditária; e secundárias, que aparecem com o passar do tempo e exposição a alguns fatores de risco, como obesidade e o número de gestações. E entre estes grupos, a gravidade varia desde um simples desconforto estético até estágios já mais graves que acarretam em compleições como dor, sangramento, vermelhidão, manchas e úlceras”, esclarece a médica.
TRATAMENTOS
Esclerotepia: aplicação de líquido através de seringa. O líquido queima os vasos, que são absorvidos pelo organismo.
Esclerotepia: com espuma: uso de duas seringas que, ao bombear o líquido com seringas, é formado uma espuma que queima os vasinhos.
Crioescleroterapia: destruição dos vasos pela injeção de produtos em baixa temperatura.
Laser: Os vasinhos são destruídos pelo calor emitido pelo laser.
ClaCs ??? técnica que associa o uso da escleroterapia e do laser, com o auxílio de um aparelho resfriador (criolaser) para tratar vasinhos e veias reticulares. O médico usa um aparelho de realidade aumentada para fazer a localização precisa da aplicação. Assim, faz o uso do laser para diminuir o calibre dos vasos e a aplicação do líquido para queimá-los.