A farmacêutica americana Pfizer solicitou neste sábado (06/02) o registro definitivo da sua vacina contra a covid-19 à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Se o órgão conceder o registro, o imunizante poderá ser distribuído e comercializado no país.

Este é o segundo pedido de registro definitivo de uma vacina enviado para a agência. No final de janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já havia solicitado um pedido desses para a vacina desenvolvida pela Universidade e o laboratório AstraZeneca. Até o momento, a Anvisa só concedeu autorizações de uso emergencial.

O prazo estimado pela Anvisa para analisar os dados é de 60 dias. No momento, a Pfizer conduz estudos de fase 3 da sua vacina no Brasil, com 2.900 voluntários, o que deve facilitar e acelerar o registro definitivo antes do prazo.

Já autorizada para uso em outros países, como Alemanha e Estados Unidos, onde vem sendo aplicada, a vacina da Pfizer, desenvolvida com a empresa BioNTech, apresentou eficácia global de 95% em estudos.

 

Briga com laboratório

Apesar dos números robustos, a vacina ainda não foi adquirida pelo governo brasileiro. O imunizante está no centro de uma briga pública entre a Pfizer e o Planalto. O laboratório informou que no segundo semestre de 2020 fez diferentes propostas para o Ministério da Saúde, que previam a entrega de 70 milhões de doses, com início do envio de uma primeira carga em dezembro, mas a pasta não manifestou interesse. À época, o governo preferiu apostar todas as suas fichas em apenas na vacina da AstraZeneca, a ser produzida em solo brasileiro, ignorando opções de importação de doses prontas de outros laboratórios.