A Prefeitura de Americana, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou nesta terça-feira (6) a campanha “Americana contra a dengue – Um mosquito não é mais forte que uma cidade inteira”. O objetivo é sensibilizar a população sobre a importância da eliminação dos possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, por meio de ações como mutirões, distribuição de folhetos e cartazes, divulgações por meios digitais e carro de som, além da continuidade das visitas casa a casa.
Nesta quarta-feira (7), os mutirões de combate à dengue terão início atendendo a região dos bairros Cidade Jardim, Vila Mathiensen, Jardim dos Lírios, Jardim das Flores e Jardim Lilases. A ação será realizada pela equipe do PMCD (Programa Municipal de Controle da Dengue), com o apoio de empresa contratada para auxiliar nos trabalhos.
A ação também terá apoio da Secretaria de Meio Ambiente e irá percorrer as ruas dos bairros, onde os agentes vão entrar de casa em casa e solicitar autorização dos moradores para a retirada dos materiais inservíveis que acumulam água.
“A dengue vem aumentando em várias regiões do País, e estamos mobilizando várias frentes para evitar que o município tenha uma epidemia. O combate à dengue é uma das prioridades durante a primavera e o verão, período de maior proliferação do mosquito transmissor. Por isso é tão importante que todos se conscientizem e evitem deixar água parada em recipientes diversos, condição única que propicia a reprodução do mosquito vetor da doença”, explicou o secretário de Saúde Danilo Carvalho Oliveira.
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Trabalho contínuo
O município conta com um trabalho contínuo de combate à dengue que, durante todo o mês de janeiro, realizou 14.939 vistorias, sendo que em 3.705 foram específicas para levantamento rápido de índices de Aedes aegypti, método que aponta o índice de infestação do mosquito na cidade.
Além das visitas de casa em casa, os agentes também desenvolvem atividades educativas e vistorias em estabelecimentos considerados pontos estratégicos, como floriculturas, borracharias, comércio de sucatas e demais ambientes que concentram quantidade expressiva de potenciais criadouros do mosquito.
Em 2023, as visitas de casa em casa somaram 270.613 imóveis, e 869 locais considerados pontos estratégicos foram vistoriados pelos profissionais do setor.
De acordo com o levantamento feito em janeiro, Americana apresenta um índice de 1.1. Os valores vão de 1 a 5, sendo que a partir de 1 já é considerado uma situação de alerta.
“Em Americana, o trabalho de combate à dengue existe desde 1991 e nunca foi interrompido. Ainda assim, é muito comum os agentes encontrarem grandes quantidades de criadouros do mosquito nos imóveis. Por isso é tão importante o engajamento de todos os moradores nessa luta, porque o combate à dengue depende muito do comportamento das pessoas em relação aos criadouros do mosquito”, avaliou o diretor da Uvisa, Antônio Donizetti Borges.
Já o coordenador da Vigilância Ambiental, Antônio Jorge da Silva Gomes, destacou a importância da união de esforços. “Nossa campanha tem o objetivo de unir forças do Poder Público e da população contra a dengue. Também estamos alinhando parcerias importantes, que vão nos ajudar a disseminar informações sobre o combate à doença”, explicou.
Entre 1º de janeiro e 5 de fevereiro, o município registrou 28 casos confirmados (positivos). Outros 15 casos suspeitos estão sob análise laboratorial.
O vetor
O mosquito Aedes aegypti se reproduz na água limpa e parada. Para evitar sua proliferação, os moradores devem acondicionar corretamente o lixo doméstico, manter sempre bem tampados (vedados) tonéis e caixas d’água, manter as calhas desobstruídas, acondicionar pneus e materiais inservíveis protegidos das chuvas, manter os pratos que ficam sob vasos de plantas sempre secos, entre outras medidas sanitárias.
Todo material que retém água é considerado um potencial criadouro do mosquito. Por isso é tão importante observar nos imóveis, tanto na área externa quanto interna, se há água parada e eliminá-la.
A doença
Os sintomas da dengue são febre, prostração geral, falta de apetite, dores musculares e articulares, dor no fundo dos olhos, cansaço, fadiga, enjoo, vômito, diarreia, entre outros. Em muitos casos ocorrem manchas vermelhas pelo corpo (chamadas exantemas), e nem todos os sintomas ocorrem ao mesmo tempo.
Há casos, inclusive, cuja manifestação é leve, apenas com um pouco de febre e dor pelo corpo, porém a dengue não causa coriza (nariz escorrendo), situação que é facilmente diferenciada de um resfriado comum.
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