Célula- Em parceria entre o Instituto Butantan e

o Hemocentro de Ribeirão Preto, processamento das células para o estudo ocorrerá no Nutera no interior paulista; 81 pacientes deverão receber o tratamento inovador em cinco hospitais do Estado.

Os secretários de estado da saúde, Eleuses Paiva, e de Ciência e Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan, juntamente com o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás, e do diretor-presidente do Hemocentro de Ribeirão Preto, Rodrigo Calado acompanharam, nesta segunda-feira (25), o início da operacionalização do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera), com capacidade de produção ampliada, solidificando, assim, a infraestrutura necessária para o desenvolvimento e aplicação desses tratamentos inovadores no Brasil.

O evento também contou com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade para dar início ao estudo clínico que vai avaliar o uso de células CAR-T para o tratamento de pacientes com leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B. Trata-se de pacientes que não tiveram resposta ou apresentaram recidiva da doença após tratamentos convencionais, como quimioterapia e transplante de medula óssea.

“É um projeto extremamente inovador em terapia celular. Para a consolidação dessa iniciativa, foram investidos R$ 220 milhões nessa construção para equipar a unidade, capacitar os colaboradores e dar toda a estrutura para a nossa equipe de cientistas, possibilitando o desenvolvimento de pesquisas que serão de grande contribuição para o nosso Estado e País”, declarou Eleuses Paiva, secretário de estado da saúde de São Paulo.

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Este programa pioneiro, que recebeu cooperação técnica de projeto piloto da Anvisa, envolverá 81 pacientes em cinco hospitais de São Paulo: HC-FMRP-USP, em Ribeirão Preto; UNICAMP, em Campinas; e HC-FMUSP, Beneficência Portuguesa e Hospital Sírio Libanês, na capital paulista. Todo processamento das células para o estudo deve ocorrer no Nutera em Ribeirão Preto. O objetivo do estudo é desenvolver um produto nacional para a obtenção de registro junto à Anvisa, que poderá ser disponibilizado a pacientes pelo SUS.

SP inicia estudo clínico com células CAR-T

As células CAR-T representam uma forma avançada de terapia celular, uma fronteira inovadora no tratamento de certos tipos de leucemias e linfomas que não responderam a tratamentos convencionais.

Esta abordagem terapêutica integra a biotecnologia, a engenharia genética, a imunologia e a hematologia para reprogramar as células imunológicas do próprio paciente para combater o câncer de maneira mais eficaz.

“Estamos, agora, no momento de terminar uma tarefa importantíssima, que é concluir os dados finais para trazer isso para a realidade do Sistema Único de Saúde, não restrito a ele, mas como objetivo primário. O objetivo é oferecer uma terapia que hoje é tão cara [no sistema privado] pelo SUS. É essa a nossa missão.”, destacou Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan.

O evento contou, ainda com as presenças do superintendente geral da Fundação Butantan, Marcio Lassance; do presidente do conselho curador da Fundação Butantan, Cármino Antônio de Souza; do diretor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, Rui Ferriani; do superintendente do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Ricardo Cavalli e do pesquisador responsável pelo Nutera-SP, Vanderson Rocha. Na ocasião, todas as autoridades visitaram o Nutera, onde ocorre a produção das células.

 

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