“Eu fumava dois maços de cigarro por dia, nunca pensei na minha vida em parar de fumar. O cigarro era uma fuga, uma alegria, uma tristeza, uma companhia. Quando parei de fumar, há quatro anos, fiquei perdida. Mas o tempo ocioso foi transformado em jardinagem, vida social, uma vida melhor”, disse a aposentada de 57 anos, Mara Amália Ortega Dannans.

Jean Richard Dannans, aposentado de 66 anos e marido de Mara, parou de fumar junto com ela no Programa “Saúde Sem Tabaco” da Prefeitura de Santa Bárbara d´Oeste. “Foi a primeira vez que consegui realmente parar de fumar. Aqui fui acolhido, tive o apoio do Dr. Antonio e toda sua equipe, tive apoio medical e de minha esposa. Estamos muito felizes e queremos transmitir isso para as pessoas, de que é possível, e elas também podem ser mais felizes e mais dispostas”, declarou.
Ainda de acordo com Mara, participar do programa já é certeza de sucesso. “Pelo fato de estar aqui já é 70% de certeza de que vai conseguir. Aqui ninguém vai te criticar, estão para te ouvir, acolher e ajudar. Não é fácil parar de fumar, mas é possível. Mas você tem que ter vontade. Tem que pensar: se estou aqui, estou por mim, eu quero, eu desejo e eu vou conseguir. ?? assim que tem que ser. Então faça isso por você”, concluiu.
O Brasil tem cerca de 22 milhões de fumantes. E Santa Bárbara, aproximadamente 21 mil fumantes. Os dados, informados pelo coordenador do Programa, o médico Antonio Detoni, apresentam um quadro decrescente de pessoas que fumam. “Nos anos 90, 34% da população brasileira fumava. Hoje, são 14%. Isso devido a diversas campanhas, à lei antifumo e programas de apoio como o “Saúde sem Tabaco”, disse.
Dr. Antonio, que perdeu um irmão por conta do cigarro, abraçou a causa para evitar que as pessoas sofram com os malefícios do tabaco. “O tabagismo é uma doença evitável. Cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão são causados pelo cigarro. Também está relacionado a 45% das doenças cardiovasculares. Participar deste programa e ver as pessoas parando de fumar é muito satisfatório, nada paga essa felicidade e o prazer que a gente sente em contribuir para evitar este mal”, concluiu.