Nesta segunda-feira (16), três Sociedades Científicas – a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) – manifestaram sua preocupação em relação à disseminação de informações infundadas sobre a suposta relação entre parasitas e o surgimento da diabetes. A polêmica surgiu após discussões sobre o tema ganharem força nas redes sociais, promovendo a ideia de que tratamentos antiparasitários poderiam “curar” a doença.
Essa ideia não possui, até o momento, embasamento em estudos sólidos e contraria o entendimento atual sobre a condição. “A Diabetes Mellitus é uma desordem metabólica crônica caracterizada por hiperglicemia persistente devido à deficiência na produção de insulina, sua ação, ou ambas. Ou seja, a doença não possui qualquer tipo de relação comprovada cientificamente com a presença de vermes no organimo”, explica Alessandra Rascovski, endocrinologista e diretora clínica da Atma Soma.
Existem dois principais tipos de diabetes: o tipo 1 é uma doença autoimune onde o sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem insulina, resultando na necessidade de administração externa do hormônio.
Já o diabetes tipo 2, que é mais comum, ocorre quando o corpo se torna resistente à insulina ou não produz o suficiente para manter os níveis de glicose adequados. Esse tipo está frequentemente associado a fatores de risco como obesidade, sedentarismo e dieta inadequada.
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Segundo a Federação Internacional de Diabetes, a doença afeta mais de 537 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Diabetes estima que aproximadamente 20 milhões de brasileiros convivem com a condição. O último inquérito Vigitel revela que o diagnóstico é mais prevalente entre as mulheres (11,1%) em comparação aos homens (9,1%).
“A veiculação de informações equivocadas e sem embasamento científico, principalmente por profissionais de saúde, coloca em risco a segurança e a saúde da população. Ao sugerir tratamentos antiparasitários como cura para o diabetes, os pacientes podem ser levados a abandonar tratamentos comprovados, como o uso de insulina e medicamentos antidiabéticos, colocando suas vidas em perigo”, pontua.
Formas de prevenção e tratamento da diabetes
Segundo a especialista, para prevenir a diabetes tipo 2, é importante adotar um estilo de vida saudável. “Isso inclui manter uma dieta equilibrada rica em frutas, vegetais e grãos integrais, praticar exercícios físicos regularmente, manter um peso saudável e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool”, afirma.
No caso do diabetes tipo 1, como a condição é autoimune e não está diretamente relacionada a fatores de estilo de vida, não há métodos conhecidos para prevenção. “No entanto, em ambos os tipos da condição, o acompanhamento contínuo com profissionais de saúde é essencial para ajustar o tratamento conforme a evolução da doença e prevenir complicações”, finaliza Alessandra.
Sobre a Atma Soma
Liderada pela endocrinologista Alessandra Rascovski, a Atma Soma tem foco na prática da medicina de soma, unindo várias especialidades em prol dos pacientes, respeitando a sua individualidade e oferecendo a ele uma vida longa e autônoma.
A clínica conta com um time de médicos e profissionais assistenciais de diversas áreas como endocrinologia, urologia, ginecologia, nutrição, gastroenterologia, geriatria, dermatologia, estética, medicina oriental e ayurveda, com olhar dedicado à prática do cuidado focado no eixo neurocognitivo, metabólico e hormonal.
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