A nova agenda que advirá dos protestos, quer eles acabem ou não, será favorável à esquerda. Temas do coletivo darão o tom. Transporte (trânsito), saúde e educação deverão ter pautas mais claras por parte dos governantes. O tal do combate à corrupção, ruim para o PT e para o governo, carece de solidez, por ser tema etéreo. Isso não quer dizer, em absoluto, que quem mais corre risco hoje é Dilma Roussef (PT) e a turma que a cerca.
PAC, BOLSA FAMÍLIA, PROUNI E MARCAS– Dilma, assim como FHC, não conseguiu implantar marcas suas. As que foram herdadas de Lula sofrem de desgaste de tempo. A presidente perde mais tempo em disputas no Congresso por não ser capaz de jogar luz ou apresentar marcas suas para que a sociedade dialogue.
REFORMA URBANA– A grande demanda da década é a reforma. E talvez seja o ponto onde o governo Dilma mais vacilou. Havia o projeto do Trem-Bala, que não foi abraçado. Os aeroportos, que foram privatizados, mas não deram um salto de qualidade. A chance que os brasileiros estão dando para Dilma é que ela estabeleça claros canais de diálogo para se pensar e executar as reformas que permitirão às pessoas circularem melhor. O restante, vai a reboque.