Estima-se que 50 por cento das mulheres grávidas sentem a lombalgia, dor lombar que irradia para glúteo ou perna e que se caracteriza sendo a principal enfermidade que surge nesse período. Isso acontece porque o centro da gravidade é alterado por conta do aumento das mamas, do útero, diminuição do arco plantar do pé e aumento da frouxidão ligamentar. Esses fatores, segundo o Dr. Edson Santiago, corroboram para o aumento do risco de queda. ???Ocorre também na gestação, o aumento da produção do hormônio relaxina, que deixa as articulações mais frouxas e aumenta os riscos de torções e lesões. Conseguimos através da fisioterapia, com exercícios específicos, uma melhora significativa???, complementa Santiago, fisioterapeuta especialista em musculoesquelética e Pesquisador em Dor pela Santa Casa de São Paulo.
Mulheres que já sofriam com a dor lombar antes da gravidez, com a gestação, têm um aumento da intensidade agravada conforme a idade gestacional, por isso, cada caso deve ser analisado de forma individual. Após uma avaliação cinético funcional realizada por meio de questionários, testes e avaliação física, é traçado o plano terapêutico que envolve técnicas que visam o alivio da dor, e exercícios específicos para reabilitar as disfunções identificadas na avaliação. Também são realizados exercícios que tragam funcionalidade do dia a dia, como levantar e sentar em uma cadeira, subir e descer escadas, abaixar e levantar, por exemplo.
A gestação é um momento único na vida de toda mulher, um período mágico, de amor incondicional, mas que também envolve uma série de mudanças físicas, fisiológicas e emocionais no organismo, que já começa a se preparar logo após a fecundação para receber esse novo ser, e a fisioterapia pode ajudar a tornar essa fase muito mais fascinante, dando mais qualidade de vida à mãe e o seu bebê.