Uma área de aproximadamente 5 mil metros quadrados, com mais de 80 árvores, inclusive, espécies frutíferas, foi totalmente destruída por um incêndio no início da noite de sábado, 7, no Parque Residencial Klavin, em Nova Odessa. O local abrigava o Bosque do Futuro, plantado em 2010, por pais de crianças nascidas ou registradas na cidade naquele ano. Era um dos mais antigos e maiores. Estava em condições ideais de poda e limpeza, pois a equipe de Parques e Jardins da prefeitura havia feito toda a manutenção da área na semana anterior ao ocorrido.
Diretora de Meio Ambiente da Prefeitura de Nova Odessa, Fernanda Dagrela falou em tragédia ecológica. “Todas as árvores foram queimadas, o que vai impactar na qualidade do ar no local. O solo está totalmente descoberto e forrado de cinzas, o que empobrece a qualidade da terra. Sem a vegetação, a área fica suscetível a descartes irregulares, o que também é proibido. Sem as árvores, não será possível realizar a recarga do lençol freático do lugar, já que a infiltração é pior com o solo descoberto. E, além do mais, acabou com ninhos de pássaros do local. Uma tragédia ecológica”, afirmou. Incêndio. De acordo com moradores da Rua Higino Bassora, em frente ao local, uma pessoa foi vista ateando fogo nas proximidades do campo de areia instalado na parte mais baixa do terreno, na esquina com a Rua Olívio Belinatti. Foi quando o incêndio começou. Com as chamas se alastrando rapidamente, o prestador de serviços Jairo Rodrigues acionou a Defesa Civil e passou a monitorar a situação, ajudado por vizinhos. “Assim que a Defesa Civil chegou, nós conseguimos conter as chamas antes delas atingirem a parte mais alta, próxima ao Jardim das Palmeiras. Se não fosse por isso, teria queimado muito mais”, contou. O vereador Sebastião Gomes dos Santos, o Tiãozinho, morador do bairro, foi verificar a situação ainda no começo da queimada e permaneceu no local até o fim. “Muito triste. Lamentável o que aconteceu. O bosque fica na minha rota diária. Eu, inclusive, havia feito fotos ali na manhã do sábado ao perceber a beleza que estava. O prejuízo é incalculável”, declarou o parlamentar. “O incendiário precisa ser identificado e encontrado para responder por seus atos. Atear fogo é crime”, concluiu ele.
A legislação municipal prevê multa de R$ 500 a R$ 5 mil ao responsável pela área em que ocorre o incêndio ou o infrator, caso seja identificado. Além de Defesa Civil e Diretoria de Meio Ambiente, o município conta também com apoio da Vigilância Ambiental e GCM (Guarda Civil Municipal) no registro das ocorrências. Os telefones da Vigilância para atendimentos são 3466-3972 e 3466-5442. Além disso, podem ser acionadas Defesa Civil e Guarda Civil Municipal pelo telefone 3476-1300 e 153, respectivamente.