O técnico Mano Menezes recebeu cerca de R$ 4,3 milhões ao ser demitido da seleção brasileira. No mês passado, o presidente da CBF, José Maria Marin, pagou R$ 2,8 milhões somente de rescisão ao treinador, segundo documento obtido pela Folha de São Paulo. Desempregado desde então, Mano ainda teve direito a sacar cerca de R$ 1,5 milhão do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), incluindo a multa de 40% paga pela confederação.
Do total, foram descontados R$ 388 mil de Imposto de Renda. Com carteira assinada pela confederação, Mano recebia R$ 517 mil mensais para comandar o time nacional, que atualmente ocupa a 18ª colocação no ranking mundial de seleções da Fifa.
Ele foi demitido no final de novembro por Marin. Desde que assumiu o comando da CBF em março, o dirigente resistia a manter Mano no cargo até a Copa de 2014.
O técnico foi substituído por Luiz Felipe Scolari, que vai receber um salário superior. O valor é mantido em sigilo pela cúpula da entidade.O montante da rescisão de Mano inclui também o pagamento integral do 14º salário. No ano passado, a CBF distribuiu o bônus a todos os funcionários. Em 2011, último ano em que Ricardo Teixeira comandou a CBF, os funcionários receberam 16 salários.
De acordo com o último balanço da confederação, a entidade teve um lucro de R$ 73 milhões em 2011.
Mano foi admitido oficialmente em 1º de setembro de 2010, 20 dias depois de seu primeiro jogo pela seleção. Ao deixar o cargo, o ex-técnico do Corinthians ganhou também 36 dias de aviso prévio, o que correspondeu a um total de R$ 621 mil.