Poucos dias após a sua eleição, o presidente Jair Bolsonaro já mostra que a política externa brasileira sofrerá uma mudança em suas diretrizes. Um exemplo é a aproximação com os EUA, o afastamento da China e do Mercosul e um início de conversa com Israel.
Em termos econômicos, é importante lembrar que a China responde por 25% das transações comerciais do Brasil, sendo o nosso maior parceiro comercial em todo o mundo. Já a Argentina, via Mercosul, é a maior compradora do setor automotivo nacional.
No entanto, o aspecto mais relevante dessa guinada geopolítica está na relação com Israel. O país do Oriente Médio é inimigo histórico dos árabes, instalados na região há milênios. Os países árabes são os maiores compradores da carne bovina e do frango brasileiro – cerca de US$ 8 bilhões por ano.
Além disso, há o risco polítoco e militar. Uma aproximação com Israel pode ser mal interpretada por radicais árabes e fazer do Brasil alvo do terrorismo internacional. EUA, Inglaterra, França e Bélgica já foram atacadas por terroristas por conta de suas relações com Israel. Será que vale a pena?