Um dia antes do aniversário dos ataques de 11 de setembro, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira que “não hesitará” em realizar ataques contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Em um pronunciamento na TV americana, Obama também disse que vai financiar e treinar rebeldes sírios para combater o grupo radical islâmico.
Ele afirmou ainda que pedirá apoio do Congresso do país para levar o plano adiante. “Quem ameaçar os Estados Unidos, não encontrará porto seguro”, afirmou Obama, referindo-se ao terrorismo.Ele destacou, entretanto, que a ofensiva será diferente das ocorridas no Afeganistão e no Iraque, acrescentando que não haverá tropas americanas em solo.
Segundo Obama, seu objetivo é “enfraquecer e, em última análise, destruir” o Estado Islâmico por meio de uma estratégia de contra-terrorismo sustentada e abrangente. Desde o início da Guerra da Síria, há três anos e meio, o presidente americano já declarou apoio aos rebeldes sírios contra o governo do presidente Bashar al-Assad. Ainda não está claro, contudo, como Obama vai realizar ataques aéreos na Síria sem a permissão de Assad.
Obama acrescentou que os Estados Unidos vão liderar uma “grande coalizão” para conter o avanço do EI, mas não deu mais detalhes sobre quais países participariam da ofensiva.”Em conjunto com o governo do Iraque, vamos expandir nossos esforços para além de proteger nosso pessoal e nossas missões humanitárias, de maneira a atingir alvos do EI na medida em que as forças iraquianas avancem”, afirmou.