Quantas vezes você já se viu pensando em algo que não queria e te perturbava? Quantas vezes você ficou remoendo situações do passado ou antecipando acontecimentos futuros? Pois é, como disse o psiquiatra Augusto Cury: “Produzir pensamentos não é um opção para o Homo sapiens, mas um processo inevitável”.
O grande problema é que muitas vezes não temos consciência do quanto esses pensamentos nos afetam e ficamos reféns das sensações desagradáveis e prejudiciais que eles nos geram. E quanto mais desejamos não pensar em certas coisas, adivinhe: mais pensaremos. Exatamente! O que não para o cérebro funciona como uma espécie de reforço, ou seja, aqueles pensamentos que mais você quer fugir são, exatamente, os que te aprisionam.
A única maneira de se “bloquear” pensamentos é colocando outros mais elaborados e conscientes no lugar. Aqui ressalto a importância da palavra consciente, aspecto muito importante no gerenciamento de pensamentos. Pessoas mais conscientes são aquelas com melhor autogerenciamento, pois têm uma capacidade de perceber as emoções geradas pelos pensamentos e, consequentemente, de reconhecer o que não faz bem e tomam atitudes que possibilitam a ressignificação desses pensamentos.
Tomada de atitude envolve o trabalho das funções do cérebro executadas por uma de nossas áreas cerebrais mais nobres: nosso córtex pré-frontal (CPF). Quanto mais eficiente for o trabalho dessa área mais seremos capazes de controlar nossos instintos e passamos a ser conscientes de nossas ações, ou seja, deixamos de funcionar no piloto automático.
Assim sendo, para administrar melhor seus pensamentos coloque sua função executiva em ação: reconheça seu pensamento, questione, critique e se identificar que eles te fazem mal, substitua-os. Exija também um alto funcionamento dessa área por meio da prática de exercícios de memória, raciocínio e exercícios físicos regulares, estimule seus cinco sentidos (tato, olfato, paladar, audição e visão) e pratique exercícios respiratórios e meditação.
Finalizo com uma frase de Platão: “O corpo humano é a carruagem. Eu, o homem que a conduz. O pensamento as rédeas. Os sentimentos, os cavalos”.
Que nós tenhamos consciência de nossos pensamentos para que nossos “cavalos” possam ser bem conduzidos e assim, nossa “carruagem” percorrerá os caminhos que nós desejarmos.
Namastê e até a próxima!