(Reuters) – A força-tarefa da Lava Jato apresentou nova denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dessa vez no caso que envolve um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, e os procuradores acusam o ex-presidente de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por ter, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF), recebido propina da Odebrecht e da OAS.
Também são denunciados pelos procuradores da Lava Jato o advogado Roberto Teixeira, que representa Lula, e os ex-presidentes da Odebrecht Marcelo Odebrecht e da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, além de outras 10 pessoas.
De acordo com o MPF, a acusação se refere ao pagamento de 128,1 milhões de reais em propina pela Odebrecht em troca de contratos com a Petrobras, assim como 27 milhões de reais em subornos pagos pela OAS também em troca de vantagens na estatal.
“Esses valores foram repassados a partidos e políticos que davam sustentação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Progressista (PP) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), bem como aos agentes públicos da Petrobras envolvidos no esquema e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas, em operações de lavagem de dinheiro que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro”, disse o MPF em nota.