O Ministério Público mineiro entrou com ação civil pública em que acusa o ex-governador e hoje senador Aécio Neves (PSDB) de realizar 1.337 voos em aeronaves do estado sem comprovação de interesse público no período em que ocupou o Palácio da Liberdade. Segundo a Promotoria, o prejuízo causado aos cofres públicos por Aécio foi de R$ 11,5 milhões.
 Na ação, o MP pede o ressarcimento do valor e quer a indisponibilidade de bens do tucano. Em despacho publicado na sexta (23), a juíza Claudia Costa Cruz Teixeira Fontes, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Belo Horizonte, afirma que o pedido de indisponibilidade de bens será analisado “após manifestação do político e do Estado” na ação.

Eleito deputado federal nas eleições de 2018, Aécio foi governador de Minas em dois mandatos. De 2003 a 2006 e de 2007 a março de 2010. A Promotoria contabilizou voos sem comprovação de interesse público para o Rio de Janeiro, onde o ex-governador possuía apartamento, e Claudio, cidade mineira onde a família do tucano possui fazenda.

Segundo o MP foram 138 voos para o Rio de Janeiro e 116 para Claudio. “Grande parte desses deslocamentos aéreos foram realizados para transporte de passageiros não identificados no momento dos voos.”