(Reuters) – O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi eleito na madrugada desta quinta-feira novo presidente da Câmara dos Deputados para suceder o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e dar fim à instabilidade causada nos trabalhos da Casa pelas idas e vindas sob a interinidade do primeiro vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA).
?? frente da Câmara, Maia terá um mandato-tampão até fevereiro de 2017 com alguns desafios à vista. O deputado, visto com bons olhos pelo governo do presidente interino Michel Temer, com quem tem bom trânsito, será responsável por tocar uma pauta nada consensual na Casa, justamente em um momento em que o ritmo legislativo tende a diminuir.
“Temos muito trabalho a fazer, temos que pacificar esse plenário, dialogar, temos uma pauta do governo que é importante, sim, mas temos também a pauta da sociedade”, disse o deputado ao ser empossado.
O Planalto tem interesse na votação de matérias prioritárias, como a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos, a proposta que trata da renegociação da dívida dos Estados com a União, e ainda possíveis alterações na Previdência Social e na legislação trabalhista.
Para que essas propostas avancem, no entanto, é necessário não apenas vontade política, mas o esforço efetivo do novo presidente da Casa para pautar as matérias e garantir a presença dos deputados nos próximos meses, em meio a Jogos Olímpicos e eleições municipais.
Outro tema espinhoso que ficará sob a responsabilidade de Maia é o processo de cassação de Cunha.
Antes de seguir para o plenário da Câmara, o caso ainda aguarda deliberação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde corre um recurso de Cunha contra decisão do Conselho de ??tica que deu seguimento a um processo de cassação por quebra de decoro parlamentar.