(Reuters) – A Petrobras está estudando uma forma de permitir que empresas citadas no escândalo bilionário de corrupção investigado pela operação Lava Jato, da Polícia Federal, voltem a fechar contratos com a estatal, afirmou nesta quarta-feira o diretor de Governança, Risco e Conformidade da petroleira estatal, João Elek.
Atualmente, de acordo com o diretor, cerca de 30 empresas ainda seguem impedidas de realizar novos contratos com a Petrobras, após quase dois anos do início do bloqueio.
“(Esse bloqueio) foi desenhado para ser provisório… claramente há empresas que buscaram melhorar a gestão”, afirmou Elek, a jornalistas, após participar de uma mesa de discussão na Rio Oil & Gas.
A ideia, segundo o diretor, é criar critérios objetivos para que as empresas possam voltar a contratar com a Petrobras.
O executivo, entretanto, não quis adiantar detalhes sobre o que está se desenhando, mas afirmou ter “anseio” que esse tema seja resolvido ainda neste ano, já que em dezembro serão completados dois anos de bloqueio.
“Agora é a uma hora muito oportuna de reendereçar esse assunto e ver qual será o encaminhamento, isso está no forno… A gente acha que uma sanção regulatória tem um prazo, então impor um bloqueio temporário por um prazo mais longo talvez seja fortemente questionável e nós temos essa consciência”, afirmou.
O diretor destacou que algumas das empresas que haviam sido bloqueadas melhoraram muito seu grau de comprometimento com a governança, melhorando suas estruturas internas, suas administrações, dentre outras questões.
Dentre essas empresas que melhoraram sua governança, Elek citou algumas como Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa.