Fica, depois de acompanhar a reunião realizada pela Câmara dos Vereadores de Piracicaba, para discutir a criseA crise da UNIMEP e os pecados confessados

Fica, depois de acompanhar a reunião realizada pela Câmara dos Vereadores de Piracicaba, para discutir a crise da UNIMEP – a partir da reativação do Fórum de Defesa da Universidade, nascido em 2017, em uma crise anterior – uma tristeza e uma certeza: ainda que sobreviva, a instituição que continuará levando o nome UNIMEP nada terá da essência, da proposta, da personalidade da verdadeira Universidade Metodista de Piracicaba de suas primeiras décadas.

 

Bem questionou a Profa. Conceição Fornasari, como presidente do SINPRO-Campinas, “o que realmente estamos defendendo nesta reunião?” Como ela mesma lembrou, escudada em mais de 30 anos de vivência na instituição – como aluna e professora – como é possível pensar em defender uma UNIMEP que tem ido na contramão de uma prática em seus anos anteriores, oferecendo apenas propostas que não alteram o não pagamento de salários integrais há mais de um ano, que se caracteriza por decisões sem qualquer debate ou negociação, como a supressão de cursos e o fechamento do campus de Santa Bárbara. É essa a Universidade que o Fórum estaria defendendo – apesar da elogiada iniciativa legislativa de tentarem propor uma mediação?

As menores críticas ouvidas foram de gestão autoritária, de falta de cumprimento de supostos diálogos inclusive como Ministério do Trabalho, de perda de credibilidade, de desrespeito a estudantes que depois de estudarem 3,4 anos, com a supressão de seus cursos a eles apenas se ofereceu a conclusão da formação por alternativa de educação à distância.

Não houve resposta que convencesse vinda de um grupo que se autodefiniu como nova liderança metodista empossada no ano passado para gerir as escolas metodistas. Discursos vazios que, mais do que qualquer conteúdo, serviram para deixar claro que houve, com integral apoio da Igreja Metodista, estudos técnicos que entenderam como única alternativa a supressão de cursos para que a UNIMEP não morresse de imediato. Tudo visando ao equilíbrio financeiro. “Os cursos que ficam são todos superavitários”, foi dito e repetido mais de uma vez. Mas o próprio reitor admitiu a precarização total da instituição – em equipamentos, em tecnologia, em recursos humanos – e defendeu enfaticamente as últimas decisões. E quanto à autonomia – cobrada por alguns – apenas lamentou que ela fosse muito relativa diante de um momento onde não sobram muitas escolhas, informando que a Igreja fechou nos últimos meses três unidades de ensino básico. Sobre a garantia de pagamento de salários e a qualidade acadêmica que foi sendo perdida, o que foi acenado é que dependerá também da retomada da instituição, a partir destes cortes já realizados. O conceito referencial pisado e repisado pelo atual reitor foi reconstrução… “não vou ser leviano de aceitar propostas, como no passado, que não sejam exequíveis, embora esteja aberto ao diálogo com todos os segmentos”.

 

Em que pese a tentativa, já ao final, da vereadora Raí, com toda sua experiência e competência também sindical, de pressionar o reitor a compromissos mais efetivos, foi um encontro triste. Que, considero, não fez com que os metodistas saíssem mais respeitados ou que seus discursos fossem mais críveis – apesar de ter sido dito que estavam ali também para “confessar seus pecados”. E que não trouxe tranquilidade maior a professores e estudantes sobre a garantia de seus direitos. Seu maior mérito foi ter deixado registrado – para o futuro – de forma oficial, o que pensam os atuais gestores, inclusive naquilo que eles acreditam como reconstrução da UNIMEP. O tempo dirá qual será essa nova UNIMEP que irá surgir, reconstruída. da UNIMEP – a partir da reativação do Fórum de Defesa da Universidade, nascido em 2017, em uma crise anterior – uma tristeza e uma certeza: ainda que sobreviva, a instituição que continuará levando o nome UNIMEP nada terá da essência, da proposta, da personalidade da verdadeira Universidade Metodista de Piracicaba de suas primeiras décadas.

 

Bem questionou a Profa. Conceição Fornasari, como presidente do SINPRO-Campinas, “o que realmente estamos defendendo nesta reunião?” Como ela mesma lembrou, escudada em mais de 30 anos de vivência na instituição – como aluna e professora – como é possível pensar em defender uma UNIMEP que tem ido na contramão de uma prática em seus anos anteriores, oferecendo apenas propostas que não alteram o não pagamento de salários integrais há mais de um ano, que se caracteriza por decisões sem qualquer debate ou negociação, como a supressão de cursos e o fechamento do campus de Santa Bárbara. É essa a Universidade que o Fórum estaria defendendo – apesar da elogiada iniciativa legislativa de tentarem propor uma mediação?

 

As menores críticas ouvidas foram de gestão autoritária, de falta de cumprimento de supostos diálogos inclusive como Ministério do Trabalho, de perda de credibilidade, de desrespeito a estudantes que depois de estudarem 3,4 anos, com a supressão de seus cursos a eles apenas se ofereceu a conclusão da formação por alternativa de educação à distância.

 

Não houve resposta que convencesse vinda de um grupo que se autodefiniu como nova liderança metodista empossada no ano passado para gerir as escolas metodistas. Discursos vazios que, mais do que qualquer conteúdo, serviram para deixar claro que houve, com integral apoio da Igreja Metodista, estudos técnicos que entenderam como única alternativa a supressão de cursos para que a UNIMEP não morresse de imediato. Tudo visando ao equilíbrio financeiro. “Os cursos que ficam são todos superavitários”, foi dito e repetido mais de uma vez. Mas o próprio reitor admitiu a precarização total da instituição – em equipamentos, em tecnologia, em recursos humanos – e defendeu enfaticamente as últimas decisões. E quanto à autonomia – cobrada por alguns – apenas lamentou que ela fosse muito relativa diante de um momento onde não sobram muitas escolhas, informando que a Igreja fechou nos últimos meses três unidades de ensino básico. Sobre a garantia de pagamento de salários e a qualidade acadêmica que foi sendo perdida, o que foi acenado é que dependerá também da retomada da instituição, a partir destes cortes já realizados. O conceito referencial pisado e repisado pelo atual reitor foi reconstrução… “não vou ser leviano de aceitar propostas, como no passado, que não sejam exequíveis, embora esteja aberto ao diálogo com todos os segmentos”.

 

Em que pese a tentativa, já ao final, da vereadora Raí, com toda sua experiência e competência também sindical, de pressionar o reitor a compromissos mais efetivos, foi um encontro triste. Que, considero, não fez com que os metodistas saíssem mais respeitados ou que seus discursos fossem mais críveis – apesar de ter sido dito que estavam ali também para “confessar seus pecados”. E que não trouxe tranquilidade maior a professores e estudantes sobre a garantia de seus direitos. Seu maior mérito foi ter deixado registrado – para o futuro – de forma oficial, o que pensam os atuais gestores, inclusive naquilo que eles acreditam como reconstrução da UNIMEP. O tempo dirá qual será essa nova UNIMEP que irá surgir, reconstruída.

Beatriz Vicentini