Os consumidores de Sumaré tiveram aplicado na quinta-feira (25) o reajuste de 7,55% nas contas de água e esgoto. Segundo a BRK Ambiental, concessionária responsável pelos serviços, os novos valores já foram lançados nas faturas emitidas. A elevação foi anunciada em fevereiro pela empresa. O vice-prefeito, Henrique Stein (Republicanos) tentou barrar o aumento na Justiça, mas ainda não houve manifestação do Poder Judiciário.
Com a nova estrutura tarifária definida pela BRK Ambiental, quem se enquadrar na primeira faixa de consumo (0 a 10 metros cúbicos) da categoria residencial, por exemplo, vai pagar R$ 51,80 mensais. Antes, o valor cobrado era R$ 48,20 para os clientes com abastecimento de água e esgotamento sanitário, considerando coleta e tratamento de esgoto.
Os novos valores, por categoria e faixas de consumo, estão disponíveis no site http://www.brkambiental.com/sumare/serviços/estrutura-tarifaria. A empresa afirma que o último reajuste aplicado nos serviços de saneamento de Sumaré ocorreu em novembro de 2019, referente ao ano de 2017. “O reajuste de março deste ano considera as recomposições inflacionárias não realizadas em 2018 e 2019”, frisa a BRK Ambiental, em nota à imprensa.
A concessionária defende que todo o processo foi acompanhado e aprovado pela agência reguladora do município com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), conforme definido no Contrato de Concessão. O índice foi composto por 4,53% aprovados em decisão judicial proferida em 2019 e 2,89% autorizados pela Ares-PCJ.
Devido a uma decisão judicial, a BRK não pôde reajustar a tarifa entre outubro de 2017 e setembro de 2018. Em 2019, no entanto, a tarifa foi elevada em 2,54%, aumentando a primeira faixa de consumo da categoria residencial, que é de 10 m³, de R$ 47 para R$ 48,20. Já no ano passado, por conta da pandemia de Covid-19, não houve aumento.
Após o comunicado do reajuste, em 23 de fevereiro passado, o vice-prefeito de Sumaré protocolou representação contra a concessionária no Ministério Público, tentando barrar o aumento. A pandemia e os prejuízos financeiros ao cidadão, como queda na renda e desemprego, foram os argumentos principais levantados por Henrique Stein.