PRIVATIZAR O DAE NÃO É O CAMINHO! por Omar Najar ‘Ex prefeito Municipal’

Diagnóstico

As perdas de 49% significam que metade da água captada e tratada é desperdiçada (vazamentos, ligações clandestinas, falhas de medição).

Isso gera desperdício ambiental, custo financeiro enorme (energia, químicos, operação) e tarifas pressionadas.

Apesar disso, o DAE é lucrativo, tem 100% de cobertura de água e esgoto e tarifa ainda relativamente baixa comparada a outros municípios.

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🔑 Alternativas do Prefeito Chico Sardelli

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1. Projeto de eficiência e controle de perdas (melhor caminho)

Investir em redução de perdas é a ação mais racional e sustentável.

Cada 10% de perdas reduzidas → aumenta a receita sem elevar tarifa, porque a água já é produzida.

Fontes de financiamento possíveis:

BNDES – linha de financiamento para saneamento (eficiência hídrica, modernização de redes, setorização, macromedição).

Desenvolve SP – linhas específicas para infraestrutura municipal e saneamento.

Vantagem: mantém o DAE público, garante lucro futuro maior, melhora a imagem de gestão e evita críticas de entregar patrimônio público.

2. Uso do aumento tarifário (20,06% já aprovado pela câmara )

O reajuste autorizado pela Câmara pode servir como contrapartida local para novos financiamentos.

Em vez de só aumentar a receita para caixa corrente, o prefeito poderia vincular parte do aumento a um plano de investimentos estruturado (setorização, troca de redes antigas, controle de fraudes).

Isso legitima o aumento, mostrando à população que o dinheiro está sendo investido para reduzir perdas e melhorar serviço, e não só para cobrir buracos fiscais.

3. Privatizar o DAE (pior opção)

Entregar um monopólio lucrativo ao setor privado significa:

tarifas sempre crescentes (pressão por lucro de acionistas),

perda da autonomia municipal sobre investimento e expansão,

risco de falta de investimento em áreas menos rentáveis,

perda de receitas futuras para o município.

Com um índice de perdas já conhecido, o privado vai negociar concessão com base em altos reajustes tarifários, sem compromisso real de eficiência a curto prazo.

✅ Conclusão

👉 O caminho correto para Chico Sardelli não é privatizar, mas sim:

1. Estruturar um plano de eficiência hídrica (redução de perdas) com metas de 10 anos;

2. Buscar financiamento do BNDES e Desenvolve SP com contrapartida do reajuste tarifário;

3. Usar o aumento de 20,06 % como garantia de fluxo de caixa para pagar esse investimento;

4. Comunicar à população que cada real investido reduzirá perdas e garantirá água mais barata e sustentável no futuro.

Privatizar seria abrir mão de uma mina de ouro pública que, bem administrada, pode garantir autonomia financeira, sustentabilidade ambiental e tarifas mais justas.

No meu Governo fizemos grandes investimentos em adutoras e reservatórios de água modernos, e ainda deixei um superávit de mais de 50 milhões no caixa do DAE, o Chico Sardelli deu continuidade construindo reservatórios modernos que iniciamos ,com grande ganho de património para Americana e munícipes , porém fazer a privatização nestas condições é como cavar uma mina, e a 2 metros do ouro, vende-la, minha sugestão é que o prefeito de uma volta no futuro, para o bem de Americana !

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