Após Yahoo.BR- Ainda que desaconselhada pelo seu entorno, a participação do presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (1) em atos que tiveram o Supremo Tribunal Federal (STF) como alvo foi minimizada tanto por aliados quanto por ministros da corte. Interlocutores do presidente celebraram a participação tímida de Bolsonaro, que falou rapidamente, por chamada de vídeo com apoiadores na avenida Paulista, sem menções diretas ao STF.

 

Americana também registrou uma carreata em favor do presidente.

 

A declaração genérica de Bolsonaro, tanto em Brasília, onde ele sequer discursou, quanto em São Paulo, ao menos não escalou a crise entre os Poderes, como ocorreu em outros momentos e como era esperado. Para esses aliados, o chefe do Executivo fez um gesto aos seus eleitores, mas manteve o tom dos seus conselheiros, de não esticar a corda com o STF -em especial neste momento em que, pela primeira vez, consideram que teve uma vitória política diante da corte.

 

Já ministros do STF, reservadamente, disseram que as manifestações foram completamente distintas do atos de raiz golpista de 7 de Setembro, quando o presidente xingou e exortou a desobediência a decisões da Justiça.

Os magistrados reconhecem que atos em que eleitores do presidente pediam a destituição deles ou o fim da “ditadura da toga” são ruins, mas se tranquilizaram com a baixa adesão, que era esperada na corte.

Na avaliação de um ministro do STF, há uma antecipação da campanha eleitoral, mas o fato de o protesto ter sido esvaziado, principalmente em Brasília, demonstra certo exaurimento por parte da população.