O Brasil registrou criação líquida de 137.336 vagas formais de emprego em setembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho, no desempenho mais forte para o mês desde 2013. O resultado também veio bem acima da pesquisa Reuters com analistas, que indicava abertura de 86 mil postos no mês.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, houve criação líquida de 719.089 vagas, informou o Caged. A um trimestre do fim de 2018, o retrato se distancia do observado nos últimos três anos, quando o governo contabilizou mais demissões que contratações, sob os efeitos da dura recessão econômica que atingiu o país.
Em 2015, houve o fechamento de 1,535 milhão de vagas, número que caiu a 1,327 milhão em 2016. No ano passado, a melhora foi significativa, mas o saldo final seguiu negativo, com fechamento de 13.329 postos.
Dos oito setores pesquisados em setembro, sete tiveram performance positiva, com destaque para o de serviços, que abriu 60.961 postos. Em seguida vieram indústria da transformação (+37.449), comércio (+26.685) e construção civil (+12.481).
A agropecuária foi o único setor no vermelho, com fechamento de 2.688 postos de trabalho no mês.
Em relação às possibilidades abertas pelas novas leis trabalhistas, o Brasil criou 4.281 postos de trabalho intermitente e 1.974 empregos em regime de tempo parcial em setembro, sempre considerando o saldo líquido.