Na história da humanidade, muitos lavaram as mãos diante de situações que não eram diretamente relacionadas aos próprios interesses.

O presidente Lula pode se sentir limpo porque não lavou suas mãos. Pelo contrário: oferece sua liberdade em troca da realização de justiça e do direito à felicidade de milhões de brasileiros, seja garantindo as três refeições diárias do nosso povo, seja criando empregos ou facilitando o acesso à saúde.
Se como muitos outros na história, se preocupasse só com sua história pessoal, poderia ter pedido asilo em uma embaixada ou ter fugido. Mas ele preferiu ficar com sua gente, olhar nos olhos de quem o acusa e exigir uma prova.
Lula se apresentou para cumprir a sentença, mesmo que injusta. Apresentou-se porque acredita nas leis do Brasil, na Constituição e no direito de presunção de inocência, um dos pilares da nossa lei maior. Apresentou-se com a indignação dos injustiçados, mas sem ódio no coração, porque ódio cega.
Lula não deve estar acima das leis, mas também não pode ser alvo de uma caçada judicial unicamente com o intuito de retirá-lo das eleições. Lula não quer impunidade, quer a mesma democracia pela qual dedicou os melhores anos da vida.
Democracia que garante sua candidatura, já que seus direitos políticos continuam preservados. Até agora a lei tem garantido a todos os candidatos o direito de concorrer com base em recursos contra decisões aparentemente parciais. No caso específico de Lula, a parcialidade é regra e não exceção.
Mais que os recursos que ainda cabem nesse processo, Lula têm a tranquilidade que falta aos que os acusam: a de quem nossa gente considera o melhor presidente da história do Brasil.
Hoje é um dia histórico.
Estamos em Brasília registrar a candidatura do Presidente Lula. Estamos em  Brasília para defender a democracia e os direitos de todos os brasileiros, inclusive do próprio Lula, porque o Brasil precisa ser feliz de novo.