(Reuters) – O diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, afirmou nesta sexta-feira que a empresa já contatou cerca de 100 dos 300 funcionários próprios ou terceirizados que foram atingidos pelo desabamento de um complexo de barragens em Brumadinho, em Minas Gerais, nesta sexta-feira.
A informação é próxima de número divulgado pelo Corpo de Bombeiros, que mais cedo apontou 200 desaparecidos mas mais tarde reduziu o número para cerca de 150. Ele disse ainda que empresa não sabe quantos funcionários foram soterrados pela lama da barragem da mina de ferro Feijão.
???Estamos falando de uma quantidade provável grande de vítimas, não sabemos quantas são, mas sabemos que será um número grande???, disse o presidente da Vale. A barragem estava em processo de descomissionamento e já não vinha recebendo rejeitos de mineração nos últimos tempos, segundo Schvartsman.
O executivo, que disse estar ???dilacerado??? pelo acidente, acrescentou que a companhia foi surpreendida com a tragédia, uma vez que testes recentes na barragem demonstraram normalidade.
???A maioria dos atingidos são nossos próprios funcionários, nós tínhamos no momento do acidente aproximadamente 300 funcionários, próprios e terceiros trabalhando naquele local. Nós não sabemos quantos foram acidentados porque houve um soterramento pelo produto vazado da barragem???, disse ele, em entrevista a jornalistas.
????? também importante que a gente saiba que essa é uma barragem inativa, há mais de três anos ela não opera e ela estava em processo de descomissionamento…???, acrescentou.
Ele explicou que a surpresa da companhia com a tragédia, deve-se a atestados de auditorias externas, feitas por empresas especializadas, que citavam estabilidade do complexo.