Pela primeira vez no ano, o saldo de empregos na construção civil da Região Metropolitana de Campinas (RMC) fechou com números positivos. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados no final da semana passada, o setor, responsável por 8% do Produto Interno Produto (PIB) nacional, encerrou o mês o mês de abril com saldo de 305 trabalhadores contratados com carteira assinada. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o saldo ainda está no vermelho.

De acordo com os números do Caged, em abril a construção civil da RMC admitiu 1.939 trabalhadores e demitiu 1.634, o que resultou  no saldo positivo de 305 vagas criadas com carteira assinada. No acumulado dos quatro meses, o saldo esta negativo em 245 postos.
Campinas, como nos três meses anteriores, continua liderando o número de vagas geradas na RMC. Em abril, o setor contratou 876 pessoas e demitiu 684, com saldo positivo de 192. No acumulado de janeiro a abril já foram recuperados 376 postos de trabalho. Paulínia também registrou bom desempenho no mês passado: 176 admissões contra 77 demissões, saldo de 99 vagas. Indaiatuba, que em 2017 fechou todos os meses no vermelho, vem reagindo. Terminou abril com 30 vagas com carteiras assinadas (173 admissões contra 143 demissões).
Dos municípios com registros do Caged (Morungaba não dispõe de números no banco de dados do Ministério), nove fecharam abril com número de contratações maiores que as demissões, e outro nove ficaram com saldo negativo, com destaque para Itatiba, onde o número de demissões superou as admissões, com 56 vagas fechadas.
Para o presidente da Associação Regional da Construção de Campinas e Região (Habicamp), Francisco de Oliveira Lima Filho, os números do Caged em abril reforçam que o setor vem reagindo de forma gradual e sustentada. “?? bastante positivo fechar o primeiro mês do ano com número maior de vagas abertas. O número de contratações com carteiras assinadas só vem aumentando desde janeiro. Em fevereiro foram 1.387, passando para 1.750 em março, chegando a 1.939 em abril. Com esta evolução, passaremos de duas mil contratações em maio”, analisa. A tendência, de acordo com Lima Filho, é que o número de contratações só aumente daqui até o final do ano, mesmo com ad incertezas política e econômica decorrentes das eleições presidenciais. “Uma coisa é fato: a quantidade de lançamentos imobiliários está crescendo, com anúncio de empreendimentos em diversas cidades. Com o início das obras, no segundo semestre, as construtoras vão precisar contratar, gerando mais”, completa o presidente da Habicamp.