O inventor da World Wide Web (www), a rede mundial de computadores, o engenheiro e cientista da computação britânico Tim Berners-Lee, encorajou nesta quinta-feira (22) o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, ao afirmar que ele pode “consertar” os problemas que permitiram o vazamento de dados da rede social, “mas isso não será fácil”. A informação é da EFE.
Zuckerberg afirmou hoje que sua empresa “cometeu erros” que levaram milhões de usuários da rede a ter seus dados explorados pela empresa britânica de consultoria política Cambridge Analytica. Ele também garantiu estar disposto a colaborar com o que for preciso para evitar que dados sejam novamente explorados indevidamente para influenciar campanhas eleitoraisl.
Segundo Berners-Lee, “este é um momento sério para o futuro da web, mas quero que nos mantenhamos com esperança. Os problemas que vemos hoje são erros no sistema. Os erros podem causar danos, mas são criados pelas pessoas e podem ser consertados pelas pessoas”.
O especialista britânico se referiu assim em uma postagem no Twitter sobre o vazamento de dados de milhões de usuários do Facebook para a Cambridge Analytica, empresa vinculada à campanha eleitoral em 2016 do agora presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Não será fácil”
Ao se dirigir a Zuckerberg, Berners-Lee afirmou que é “possível consertar” o problema, mas reconheceu que isso “não será fácil”, e acrescentou que “as empresas têm que trabalhar com governos, ativistas, acadêmicos e usuários para garantir que as plataformas estão prestando serviço à humanidade”. Ele também pediu a colaboração e mais envolvimento dos usuários, ao lembrar que seus dados lhes pertencem e que eles fazem dessa rede social “o que ela é”.
Por outro lado, a Incorporated Society of British Advertisers (ISBA), órgão que representa as principais empresas publicitárias do Reino Unido, se reunirá com o Facebook para exigir respostas sobre o escândalo da Cambridge Analytica e solicitar a segurança dos dados dos usuários.
Se Zuckerberg falhar em oferecer as garantias e mudanças necessárias, as empresas ligadas à ISBA – que reúne mais de 3.000 marcas – “ameaçam” deixar de anunciar na rede social, o que provocaria grandes perdas econômicas.
Com informações da Agência Brasil