Eletromobilidade e a mudança climática
No Dia Mundial do Clima, é essencial que o Brasil acelere a transição energética para o transporte e opte por soluções mais sustentáveis e eficientes
A mudança climática é uma ameaça para o bem-estar da humanidade e para a saúde do planeta. Foi o que concluiu o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) em seu relatório síntese divulgado no último dia 20.
No Dia Mundial do Clima (26), devemos nos perguntar o que estamos fazendo para agir com a urgência necessária. Que prioridade os países estão dando às políticas climáticas? Até que ponto as empresas estão inovando para pôr um fim ao business as usual? Como nós, cidadãos, estamos repensando nossos modos de vida para continuarmos a habitar a Terra?
A eletromobilidade surge como uma opção real para responder aos desafios climáticos e ambientais, por meio da revolução rumo a um transporte moderno, eficiente e, acima de tudo, mais limpo.
De acordo com o sexto relatório do IPCC, é necessária uma redução imediata das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em todos os setores para limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, o que implica uma redução entre 40% e 70% das emissões do transporte até 2050, em comparação com 2020.
Esse é um enorme desafio, considerando que a demanda nesse setor está aumentando. Estima-se que o transporte de passageiros se multiplicará por 2,3 vezes em 2050, e o de carga por 2,6 vezes, de acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Governo autoriza licitação do Trem Intercidades
A eletromobilidade reduz os GEE, a poluição e o desperdício e melhora o desempenho dos veículos e os custos de manutenção. Os veículos elétricos consomem um quinto da energia dos veículos a combustão interna e emitem menos ruído, gases e material particulado, o que melhora a qualidade do ar e evita doenças. As baterias elétricas têm uma segunda vida útil como solução de armazenamento de energia, completando a economia circular. Os motores elétricos têm menos peças móveis, o que reduz significativamente os custos e gera economia de combustível. A eletromobilidade oferece uma solução de transporte sustentável e eficiente para responder ao aumento da demanda por transportes, sem comprometer a qualidade do ar e do planeta que compartilhamos.
A BYD, líder mundial em tecnologias sustentáveis, tornou-se a primeira montadora a deixar de produzir e vender veículos a combustão em março de 2022. Nosso objetivo é reduzir a temperatura da Terra em 1°C, e já produzimos mais de 3 milhões de veículos eletrificados. Entretanto, precisamos que os países acelerem a transição para o transporte elétrico e incentivem parcerias público-privadas para viabilizar o sistema.
No Brasil, fizemos progressos significativos na implementação da eletromobilidade. A BYD chegou ao País em 2015, quando inaugurou sua primeira fábrica de montagem de ônibus 100% elétricos em Campinas (SP). Em 2017, abriu uma segunda fábrica, também em Campinas, para a produção de módulos fotovoltaicos. Para abastecer a frota de ônibus elétricos, a empresa iniciou, em 2020, a operação de sua terceira fábrica no Brasil, no Polo Industrial de Manaus (PIM), dedicada à produção de baterias de fosfato de ferro- lítio (LiFePO4).
Stella Li, vice-presidente executiva da BYD e presidente da BYD Américas